ECONOMIA: Investimento da Indústria atinge menor índice desde 2010, de acordo com CNI

SalvarSalvar imagem
SalvarSalvar imagem

REPÓRTER: Apenas 67 por cento das grandes indústrias que estão instaladas no Brasil investiram no ano passado e 40 por cento delas conseguiram tocar os projetos para frente, como tinham planejado. As informações foram divulgadas pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI, nesta quarta-feira (8) e mostram que é a primeira vez, desde 2010, que esses números ficam tão baixos. Para este ano, as projeções também são de que apenas 67 por cento das indústrias pretendem investir.
 
 
De acordo com o levantamento, entre as empresas que tinham planos de investimentos em 2016, 41 por cento só realizaram os projetos parcialmente. Além disso, nove por cento adiaram os planos para este ano e outras 10 por cento cancelaram ou suspenderam os projetos por tempo indeterminado. Segundo o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a incerteza econômica influenciou os resultados negativos da pesquisa.
 
 
SONORA: Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI
“O resultado do levantamento mostra que houve uma baixa propensão em investir das empresas industriais em 2016. Por conta da incerteza econômica, da crise – que provoca alta ociosidade. E mesmo os planos de investimentos que existiam foram, em partes, muito frustrados. Ou seja: não foram completados na sua plenitude. Para 2017, a intenção de investimento não difere muito do ano passado. É um pouquinho mais alto, sem dúvida. Mas a nossa expectativa é que a execução desses planos seja mais plena do que foi em 2016.”
 
 
REPÓRTER: Ainda de acordo com a CNI, a alta ociosidade da indústria reduziu os planos de investimento para 2017. Somente 21 por cento das empresas que pretendem investir estão pensando em elevar a capacidade de produção. Apesar disso, o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, acredita que há uma chance de os planos se concretizarem com maior plenitude neste ano.
 
 
SONORA: Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de Política Econômica da CNI
“A melhora do ambiente como um todo, as condições macroeconômicas com a queda da inflação, a redução mais forte dos juros – que está sendo esperada para esse primeiro semestre – e, mesmo a grande redução da incerteza com o avanço de algumas reformas, principalmente no campo fiscal – eu acho que vão  dar mais confiança para as empresas. A recuperação da confiança do empresário é um fato e dos próprios consumidores. De modo que os planos de investimento, para 2017, é que se realizem com maior plenitude.”
 
 
REPÓRTER: De acordo com os empresários ouvidos, a incerteza econômica foi o principal motivo para a frustração dos planos de investimento. Para chegar aos resultados da pesquisa, a CNI ouviu 584 empresas de grande porte, com 250 ou mais empregados.

 

 
 
Reportagem, Bruna Goularte

 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.