Data de publicação: 27 de Abril de 2020, 04:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
Instrutores do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) produzem máscaras de proteção, conhecidas como face shield, em impressoras 3D, para o combate à covid-19 no Distrito Federal.
Os materiais são produzidos no SenaiLab, em Taguatinga, ambiente de aprendizagem que estimula a economia criativa, a inovação e o conhecimento, com base no conceito “faça você mesmo”. Ao todo, cinco impressoras 3D, três do SENAI e duas do SESI, ajudam na fabricação dos produtos. Os itens são repassados à Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que faz a distribuição do material em unidades de saúde.
“Foi uma iniciativa do SENAI e do SESI. Em um primeiro momento, nós estamos produzindo 200 máscaras, que já estão praticamente produzidas, e serão distribuídas na rede de saúde do Distrito Federal. Nós estamos em contato com a Secretaria de Saúde para entregar onde eles acharem mais adequado”, explica o diretor regional do SENAI-DF, Marco Secco.
Cada equipamento de proteção demora, aproximadamente, uma hora e meia para ficar pronto. As máscaras são feitas com polímero poliácido láctico (PLA), que são fixadas em placas transparentes de PVC, do tipo acrílica. Depois da impressão, os instrutores cortam placas de PVC e fazem a montagem do produto, que demora, em média, cinco minutos. Em torno de 25 máscaras são produzidas por dia.
Máscaras face shield
As máscaras face shield servem como um protetor facial que cobre toda a frente e a lateral do rosto e podem ser utilizadas por profissionais da saúde para se protegerem contra doenças que possam ser transmitidas por contato, como respingo de sangue, secreção corporal ou saliva.
O Ministério da Saúde orienta que profissionais da saúde utilizem máscaras do tipo N95 durante o atendimento, não sendo necessário o uso da face shield. Mas devido ao fato da máscara N95 não ser reutilizável, o produto está cada vez mais escasso no mercado. Com isso, as face shield podem colaborar na redução do risco dos trabalhadores durante o atendimento às pessoas com covid-19.
Para reduzir o desabastecimento desses e de outros insumos de saúde, o SENAI investe, em nível nacional, em projetos destinados a prevenir, diagnosticar e tratar a covid-19 que sejam de aplicação imediata. Por meio do edital de inovação para a indústria, as propostas podem abordar temas como a ampliação do número de respiradores; desenvolvimento de testes de detecção do vírus e de equipamentos de proteção individual (EPIs) que possam substituir máscaras, luvas e sabonetes; reposição de peças e componentes utilizados em unidades de terapia intensiva (UTIs), entre outros.
“A nossa atuação será no suprimento desses problemas, como os testes rápidos para a detecção da doença. No isolamento, ter uma gama ampla desses testes vai ser de grande importância, bem como a fabricação de ventiladores (respiradores)”, afirma o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
Para participar do edital de inovação, as proposições podem ser realizadas por meio do WhatsApp, no número (61) 99628-7337 ou pelo e-mail combatecovid19@senaicni.com.br.