Chegaram ao fim, nesta sexta-feira (1º), as oficinas presenciais promovidas pela Defesa Civil Nacional nos estados que compõem a Amazônia Legal e o Pantanal. As últimas atividades aconteceram em Campo Grande (MS) e Palmas (TO), encerrando a série de capacitações que integram o Plano Nacional de Enfrentamento à Estiagem Amazônica e Pantanal (PNEAP).
Ao longo da última semana, agentes da Defesa Civil Nacional e de outros órgãos do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil (SIFPDEC) percorreram os dez estados das duas regiões – Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – para apresentar o plano e promover o alinhamento de estratégias com gestores locais.
Para o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, é fundamental a fase de preparação antes do cenário mais crítico. "É muito importante ter um planejamento, com papéis e etapas bem definidas, começo, meio e fim, para enfrentar de forma eficiente a gravíssima crise de estiagem. No Norte, de uma hora para outra, comunidades inteiras perdem a ligação com as cadeias de suprimento, ficam isoladas sem as hidrovias, e isso gera uma crise humanitária instantânea. Por isso, o MIDR está levando as oficinas para capacitar as defesas civis estaduais na atuação conjunta com a União", afirma o ministro.
O objetivo do PNEAP é garantir que as ações de resposta e assistência humanitária aconteçam antes do agravamento do cenário de estiagem. As capacitações focaram em temas como mapeamento de áreas vulneráveis, monitoramento meteorológico, articulação logística e assistência às populações impactadas.
A superintendente da Defesa Civil do Tocantins, Andreya de Fátima Bueno, ressaltou a importância da capacitação para preparar o estado diante de eventos extremos como as estiagens prolongadas. “Nós tivemos a oportunidade de receber a formação por meio de oficinas, direto da Secretaria Nacional de Defesa Civil, que veio ajudar a comunidade tocantinense no enfrentamento às estiagens. A estiagem no Tocantins representa, para nós, um desastre gradual que, além de trazer transtornos para a comunidade e impactos financeiros, agrava o nosso maior desastre, que é o de incêndios florestais", ressaltou.
Para o coordenador-geral de Gerenciamento de Desastres da Defesa Civil Nacional, Rafael Félix, o encerramento das oficinas marca um passo importante rumo à atuação integrada. “As atividades nos estados foram fundamentais para adaptar o plano à realidade de cada território. Essa escuta ativa fortalece a governança do sistema e garante mais eficácia na resposta aos desastres”, destacou.
As oficinas integram a etapa preparatória do PNEAP, que segue em construção com base nas contribuições colhidas nos estados. A expectativa é de que o plano esteja finalizado ainda neste semestre, com diretrizes e estratégias bem definidas para minimizar os impactos da estiagem nas regiões da Amazônia Legal e do Pantanal.