LOC.: A contenção anunciada na última segunda pelo Ministro da Fazenda Fernando Haddad será de QUINZE BILHÕES DE REAIS. Com um aumento de benefícios previdenciários e de prestação continuada (BPC), o governo federal se viu sem saída e vai precisar bloquear recursos para cumprir o teto de gastos.
No cenário econômico do Brasil hoje, a receita não tem sido o problema, uma vez que temos superávits recorrentes de arrecadação, avalia o assessor de orçamento Cesar Lima.
TEC/SONORA: assessor de orçamento Cesar Lima.
“O contingenciamento é adotado quando a linha da receita não compatibiliza com a linha da despesa ou quando a despesa está num crescimento ‘x’ que compromete o que a gente conhece como teto de gastos – que é o regime fiscal.”
LOC.: Os bloqueios podem ser feitos nos chamados “gastos discricionários” , que são aqueles que podem ou não ser realizados pelo poder Executivo — o que geralmente recai sobre os investimentos.
A infraestrutura está entre os setores que podem ser impactados negativamente pelos bloqueios, explica o economista e advogado, Alessandro Azzoni.
TEC/SONORA: Alessandro Azzoni, economista e advogado
“É uma situação que vai contra o crescimento econômico, apresentando impactos negativos para o crescimento do Brasil a médio e longo prazo. O Brasil é muito carente na questão de infraestrutura. A questão da educação — na formação do capital humano — se houver um corte muito grande na educação a gente pode ter grandes problemas na formação desse capital humano, esse desenvolvimento profissional que é tão necessário.”
LOC.: A equipe econômica do governo anunciou o bloqueio mas não detalhou quais áreas serão afetadas, o que está previsto para ser divulgado no próximo dia 30, quando um decreto presidencial irá detalhar os limites de gastos por ministério.
Reportagem, Lívia Braz