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LOC.: O cenário fiscal das cidades brasileiras melhorou em DOIS MIL E VINTE E QUATRO, impulsionado pelo crescimento da economia e pelo maior repasse de recursos. Ainda assim, TRINTA E SEIS POR CENTO dos municípios, que reúnem 46 milhões de habitantes, permanecem em situação fiscal difícil ou crítica. Os dados são do Índice Firjan de Gestão Fiscal, que avaliou as contas de CINCO MIL CENTO E VINTE E NOVE prefeituras.
Na média nacional, o índice alcançou mais de ZERO VÍRGULA SEIS PONTO, considerado de boa gestão. O levantamento analisa quatro indicadores: Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Entre as capitais, Vitória, no Espírito Santo, foi a única a receber nota máxima, enquanto Cuiabá, capital de Mato Grosso, e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, aparecem com situação difícil.
No quesito Autonomia, mais da metade das cidades brasileiras está em nível crítico e MIL DUZENTAS E OITENTA E DUAS não arrecadam sequer o suficiente para sustentar o executivo e o legislativo municipais. Só o Fundo de Participação dos Municípios transferiu CENTO E SETENTA E SETE bilhões de reais no ano passado, garantindo fôlego às finanças locais.
Nos Gastos com Pessoal, a média foi de mais de ZERO VÍRGULA SETE ponto, a mais alta do índice. Mas o avanço reflete apenas o aumento da arrecadação. Em média, QUARENTA E SEIS POR CENTO do orçamento é usado para pagar servidores. Hoje, QUINHENTAS E QUARENTA prefeituras gastam mais da metade da receita com pessoal, e CENTO E TRINTA E UMA já ultrapassam o limite de SESSENTA POR CENTO previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O indicador de Investimentos atingiu mais de ZERO VÍRGULA SETE ponto, o maior da série histórica, com DEZ VÍRGULA DOIS POR CENTO da receita aplicada em obras e projetos. Mais de MIL E SEISCENTOS municípios alcançaram a nota máxima, mas quase mil ainda estão em nível crítico, destinando apenas TRÊS POR CENTO das receitas a essa área.
Em relação à liquidez, o aumento das receitas evitou novas dívidas de curto prazo, mas DUAS MIL E VINTE E CINCO cidades ainda fecharam o ano em situação difícil ou crítica, e QUATROCENTAS E TREZE terminaram DOIS MIL E VINTE E QUATRO sem recursos para pagar despesas já assumidas.
A Firjan avalia que, apesar dos avanços, o quadro expõe desigualdades históricas e mostra a necessidade de reformas que fortaleçam a arrecadação local, melhorem a qualidade dos gastos e tragam maior eficiência à gestão pública.