LOC.: As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada continuam provocando sérias consequências. Pelo menos, 51 municípios gaúchos estão com problemas no abastecimento de água, segundo a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Conforme dados recentes da empresa, a região Metropolitana é a mais atingida com 490 mil imóveis sem água. Ao todo, são 750 mil imóveis impactados pela falta de água nessas cidades.
Para José Francisco Gonçalves, ambientalista e professor da Universidade de Brasília (UNB), esse cenário de catástrofe acende um alerta para estratégias de prevenção.
TEC./SONORA: José Francisco, professor ambientalista
“Os governos precisarão não só de dinheiro para repor esse sistema de abastecimento e captação de água residuária, quando também já imaginar um sistema que sofre menos consequências no futuro de alagamentos desse porte extraordinário”,
LOC.: Mesmo baixando as águas, o professor acredita que ainda levará um tempo para que os serviços urbanos sejam restabelecidos. Provavelmente muitos canos se romperam por conta dessa pressão de água do retorno, isso tudo provavelmente foi danificado”, analisa. Na opinião do advogado Sócio de SPLAW, Guillermo Glassman, todos podem e devem se mobilizar em uma situação dramática como essa.
TEC./SONORA: Guillermo Glassman, advogado ambiental
“Numa circunstância assim que a vida prática demonstra a necessidade de atuação do Estado e um determinado ente federativo que teria competência inicial para atuar naquela frente não faz, os outros entes federativos podem se apresentar e começar a atuar de forma mais efetiva nessa frente”,
LOC.: De acordo com a Corsan, nesses locais não há previsão para a retomada dos serviços de abastecimento devido ao comprometimento das unidades. A empresa informa que, após a baixa do nível dos rios, os danos e reparos dos equipamentos serão avaliados.
Reportagem, Lívia Azevedo