Créditos: Ministério da Saúde
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Busca pelo diagnóstico precoce da hanseníase é desafio da rede de saúde na Paraíba

Na Paraíba, em 2017, foram registrados 481 novos casos da doença, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado.

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Imagine descobrir o diagnóstico de uma doença transmissível e, até então, considerada incurável aos oito anos de idade e ter que se afastar da família para viver em isolamento. Essa realidade nada fácil foi enfrentada pela enfermeira aposentada Severina Maria dos Santos, hoje com 79 anos, e por outros milhares de brasileiros que, assim como ela, foram diagnosticados com hanseníase nos anos 1960. Hoje, curada, a moradora de João Pessoa ajuda novos pacientes a entenderem que a doença tem tratamento e cura, e que não é necessário se afastar do convívio familiar para não transmitir a bactéria. Ao falar do seu próprio caso, Severina afirma que a maior luta dos pacientes é contra a falta de informação e o preconceito. 

“Eu sempre falo para eles que agora estão melhores do que quem foi diagnosticado há 30, 40 anos. Porque hoje você já pode fazer o tratamento em casa, unido a sua família, apesar de que tem muita família que ainda tem preconceito com o paciente... Mas o meu conselho para eles é para que sempre façam o tratamento correto, que hoje temos a fisioterapia para amenizar as sequelas, temos calçados adaptados para evitar ferimentos, para evitar atrofiamento nos pés”.

Créditos: Ministério da Saúde

O que pouca gente sabe é que hoje é possível evitar o avanço da hanseníase com o diagnóstico precoce e o tratamento correto, o que evita sequelas nos pacientes. Para isso, é preciso ficar atento aos sinais do corpo ainda na fase inicial, quando aparecem manchas na pele que tenham a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio. Na Paraíba, em 2017, foram registrados 481 novos casos da doença, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado. Segundo a Chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da Paraíba, Ana Stella Pachá, o paciente deve estar consciente dos riscos da doença e da necessidade de se procurar atendimento o quanto antes. 

“É importante para população que ela entenda esses sinais e sintomas da doença para poder também buscar o mais rápido possível o serviço de saúde para iniciar o tratamento. Que o profissional de saúde tenha esse olhar, que ele entenda isso e monitore os casos, tendo em vista o tempo do tratamento para que não aconteça nenhum abandono de caso”.

Por isso, o importante é ficar atento aos sinais do seu corpo. Ao surgimento de qualquer mancha em que você perceba a perda ou diminuição da sensibilidade ao toque, calor ou frio, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menores as chances de sequelas. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente no SUS. Por isso, não esqueça: identificou, tratou, curou. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/hanseniase. 

Créditos: Ministério da Saúde

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