Data de publicação: 28 de Dezembro de 2023, 17:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:32h
Mais de 2.100 cidades conseguiram aumentar a cobertura vacinal em crianças com um ano de idade. Oito vacinas registraram alta na procura, segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a outubro.
Cresceu a procura pelas vacinas:
- Hepatite A
- Poliomielite
- Pneumocócica
- Meningocócica
- DTP (difteria, tétano e coqueluche)
- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) 1ª dose
- Tríplice viral 2ª dose
- Febre amarela, indicada aos nove meses de idade.
Com esse resultado, o Brasil atingiu a meta de 95% de aplicação de imunizantes do calendário infantil considerados fundamentais até o primeiro ano de vida. Na opinião do médico infectologista Hemerson Luz, esse crescimento é resultado de uma estratégia que levou em conta um planejamento de regionalização.
“É muito diferente planejar levar a vacina a um município do Sertão do Nordeste, por exemplo, quando comparado com uma comunidade ribeirinha na Amazônia. Além disso, a caderneta vacinal está sendo digitalizada e os principais postos de saúde dos municípios também poderão acessar a caderneta de qualquer cidadão”, avalia.
Mesmo com esse aumento global na cobertura vacinal no Brasil, o médico diz que ainda existem muitas diferenças regionais. “Alguns municípios ainda não alcançaram uma cobertura vacinal como planejado para impedir a disseminação de doenças. Como exemplo, o sarampo, que é uma doença altamente transmissível, e que necessita de uma cobertura vacinal elevada. E alguns municípios ainda não alcançaram essa meta”, lamenta.
Cobertura ainda precisa aumentar
Francisco Job, que também é médico infectologista, faz um alerta: o cenário apresentado, por enquanto, é apenas uma reversão de tendência. “Nós estamos muito longe ainda da cobertura vacinal que nós já tivemos no passado, principalmente para algumas vacinas específicas”. O especialista destaca ainda que a vacinação de idosos no Brasil também precisa de mais atenção.
“Grandes lacunas precisam ser preenchidas por uma postura mais proativa da atenção primária e das equipes de saúde de família. Isso exige uma proatividade maior para aumentar a cobertura entre os idosos da vacina da gripe e da vacina da Covid”, ressalta.