Créditos: Creative Commons
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BOLETIM AGRO: Exportação de frangos e suínos pode crescer 6% com países afetados por peste suína africana

E mais nesta edição: MP pode garantir até R$ 56 bi para agronegócio

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Olá, eu sou o Raphael Costa e esta é mais uma edição do Boletim Agro.

O crescimento dos casos de peste suína africana, doença que atinge produções de países asiáticos e europeus, pode beneficiar o mercado pecuário brasileiro que já vem acumulando bons resultados. Uma estimativa da Coopavel, Cooperativa Agroindustrial de Cascavel, no Paraná, aponta para um crescimento de exportação de porcos e frangos, que pode chegar em até 6%. Quem vai comentar mais sobre esse crescimento e seus possíveis impactos é a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas.

Seja bem-vinda, Carla.

"Realmente, essa é uma perspectiva bastante positiva, até porque se fizermos o comparativo, é mais rápido obter mais carne de frango do que carne suína. Por isso há essa projeção de aumento de carne de frango pelos nossos importadores, principalmente os chineses, depois dos problemas causados pela peste suína africana. E é claro que esse movimento vai aumentar a produção de carne e, consequentemente, o consumo interno de grãos como soja e milho que são componentes básicos da ração animal.”

Carla, uma medida provisória apresentada pelo governo no início dessa semana atinge questões como crédito e financiamento de dívidas para produtores rurais. Segundo o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, o objetivo é ampliar o financiamento por meio de mercado de capital. O que mais essa proposta apresenta?

“Essa facilitação do acesso ao financiamento é o principal motivo para se criar essa MP, chamada de MP do Agro. Mais do que isso, as iniciativas envolvem a ampliação do crédito disponível para o agronegócio e a criação de um fundo solidário para a renegociação de dívidas e para a construção de armazéns. Somente com esse fundo, a expectativa do governo é que haja um aporte inicial de R$ 5 bilhões.”

O plantio da primeira safra de milho 2019/2020 está num ritmo acelerado na região Sul do país. No entanto, os recordes quebrados na última safra e um ciclo menor durante o verão preocupam os produtores. Qual a preocupação, Carla?

“Essa exportação muito intensa de milho da safra anterior deve limitar a disponibilidade do cereal no primeiro semestre do ano e isso é realmente uma preocupação. Embora, como você já adiantou, o plantio da primeira safra esteja acelerado na região Sul. Fato é, que os estoques mais enxutos fazem com que essa preocupação cresça. Porque a demanda, não só externa, para exportação do milho brasileiro é grande, como aqui dentro também, muito em função do bom momento das proteínas animais do Brasil.”

Carla, a região de Ijuí, no Rio Grande do Sul, começou o plantio de soja fora do período adequado. O que motivou os produtores a tomarem essa decisão?

“A chegada do mês de outubro geralmente marca o início do plantio de soja no Brasil, mas na região Sul isso costuma ser um pouco mais tarde. A partir do próximo dia 20, segundo o zoneamento agrícola e de acordo com a região de Ijuí, que estamos falando agora. Mas esse ano, por conta das boas perspectivas de chuvas que estão por vir e que já caíram. Os plantios de soja já iniciaram e as projeções são positivas, segundo técnicos especializados nesse setor.”

Carla, obrigado pelos esclarecimentos.

Quem quiser saber mais novidades do agronegócio é só acessar o Notícias Agrícolas, certo?

"É isso mesmo. noticiasagricolas.com.br para ser o produtor rural mais bem informado do Brasil."
 
 

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