Data de publicação: 23 de Março de 2022, 04:30h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:32h
O percentual de brasileiros que fazem exercício no seu tempo livre aumentou entre os anos de 2009 e 2020, variando de 30,3%, em 2009, a 36,8% em 2020. Os dados são da pesquisa Estimativas Sobre Frequência e Distribuição Sociodemográfica de Prática de Atividade Física nas Capitais dos 26 estados Brasileiros e no Distrito Federal entre 2006 e 2020, do Ministério da Saúde.
A OMS recomenda a prática de ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos por semana com intensidade vigorosa. No mundo, 23% dos adultos não atingem essas recomendações.
No Brasil , a frequência de adultos com prática insuficiente de atividade física se manteve estável no período entre 2013 e 2020, variando de 49,4%, em 2013, a 47,2% em 2020.
O estudo classifica como fisicamente inativos todos os indivíduos que referem não ter praticado qualquer atividade física no tempo livre, nos últimos três meses, e que não realizam esforços físicos relevantes no trabalho, não se deslocam para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta (fazendo um mínimo de 10 minutos por trajeto ou 20 minutos por dia) e que não participam da limpeza pesada de suas casas.
A frequência de adultos fisicamente inativos também se manteve estável no período entre 2009 e 2020, variando de 15,9%, em 2009, a 14,9% em 2020
Importância do acompanhamento
Segundo o especialista Doutor em Ciências do Movimento Humano, Prof. Dr. Rodrigo Rodrigues, quanto mais se realiza, melhores são os resultados. Mas é sempre importante o acompanhamento de um profissional de educação física, que vai conseguir prescrever adequadamente, respeitando a individualidade de cada pessoa.
“Além disso, dados semelhantes são observados na perspectiva de saúde cardiovascular, metabólica, perda de peso, manutenção de peso após a perda e saúde osteomioarticular (por exemplo, ossos e articulações). Ainda, as evidências vêm crescendo em todos os aspectos de saúde, com os parâmetros relacionados à saúde mental recebendo grande atenção ultimamente, como depressão, ansiedade e estresse”, ressalta.
Atividade física por UF
O Distrito Federal é a unidade da federação com o maior percentual de adultos que praticam atividades físicas no tempo livre equivalentes a pelo menos 150 minutos de
intensidade moderada por semana. O índice chega a 46,6%. Já São Paulo aparece com a menor taxa, 27,5%.
Adultos ativos por UF
Estados |
2009 |
2020 |
Aracajú |
30,1% |
44,4% |
Belém |
33,8% |
34,0% |
Belo Horizonte |
34,2% |
41,0% |
Boa Vista |
31,6% |
38,1% |
Campo Grande |
34,7% |
38,7% |
Cuiabá |
28,2% |
38,7% |
Curitiba |
31,9% |
43,7% |
Florianópolis |
40,9% |
45,4% |
Fortaleza |
31,1% |
45,2% |
Goiânia |
34,0% |
41,8% |
João Pessoa |
32,5% |
36,6% |
Macapá |
32,1% |
42,0% |
Maceió |
32,0% |
44,8% |
Manaus |
31,5% |
32,8% |
Natal |
31,0% |
45,2% |
Palmas |
32,8% |
45,2% |
Porto Alegre |
31,9% |
35,8% |
Porto Velho |
31,2% |
35,8% |
Recife |
29,6% |
36,3% |
Rio Branco |
28,4% |
36,9% |
Rio de Janeiro |
31,6% |
35,6% |
Salvador |
28,9% |
41,8% |
São Luís |
27,5% |
37,6% |
São Paulo |
24,6% |
27,5% |
Teresina |
28,3% |
40,1% |
Vitória |
38,1% |
45,0% |
Distrito Federal |
38,8% |
46,6% |
DCNT
Segundo a pasta, a pesquisa faz parte de uma série de estudos que serão disponibilizados entre os meses de março e traz panorama dos fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em torno de 71% das 57 milhões de mortes ocorridas globalmente foram ocasionadas pelas DCNT, em 2016. No Brasil, essas doenças são igualmente relevantes, sendo responsáveis, no mesmo ano, por 74% do total de mortes.
DCNT: 4 fatores de risco
- Consumo alimentar inadequado;
- Inatividade física;
- Tabagismo;
- Consumo abusivo de bebidas alcoólicas.
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