Data de publicação: 15 de Janeiro de 2020, 01:26h, Atualizado em: 15 de Janeiro de 2020, 15:31h
O que era para ser uma ida rotineira para a universidade acabou se tornando um transtorno para a vida da estudante Ana Rosa Félix, 23 anos, moradora de Areia.
No caminho que percorre todos os dias para estudar possui muitos focos do mosquito. Foi dali que provavelmente veio o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Devido ao alto índice de proliferação, a população não consegue fazer nada para reverter a situação.
“Passei uma semana sentindo dores, enjoos e eu achei que era cansaço. Alguém que também estava com dengue perto de mim me falou um pouco melhor sobre os sintomas. Pedi ao médico que fizesse o exame de sangue para confirmar, mas eu já tinha passado uma semana com os sintomas e acabei melhorando. No finzinho, eu descobri.
A situação de Ana Rosa Félix está entre os 229 casos de dengue confirmados em Areia, em todo 2019. No ano, foram 323 notificações, contra 79 em 2018. A zika está com seis casos registrados, enquanto chikungunya bateu sete, o mesmo número de 2018.
O coordenador de Vigilância Epidemiológica de Areia, Jonas Alves, revela que o município enfrentou uma epidemia no início de 2019, o que fez a população e os agentes de saúde lutarem para diminuir o número de casos. O gestor aponta a quantidade de chuva na região entre janeiro e maio, a temperatura alta e o acúmulo de lixos nas encostas como fatores cruciais para o grande número de infestação.
“Nessa questão do combate, teve um período muito grande que foi o da epidemia. Um pessoal aqui tem trabalhado, chamado bombeiros voluntários, que deram uma ajuda muito grande. Foi muito importante, porque a gente estava identificando o problema principal – o lixo em uns terrenos que ficam já no perímetro da área urbana – quando eles fizeram um recolhimento uma limpeza geral. A partir daí, com o declínio da chuva, o número de casos foi diminuindo”.
O município trabalha com campanhas de conscientização nas escolas e na rádio. Areia não possui nem um bairro que se destaca pelo alto índice de infestação. As notificações são distribuídas por toda cidade.
Se você, morador, tem alguma dúvida, quer solicitar a visita de agentes em sua residência ou está em situação de risco, acione a Secretaria de Saúde pelo número, (83) 3362-1515.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.
