Alunos do SENAI de Mecatrônica tentam título inédito para a Bahia na WorldSkills

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Pela primeira vez na história da WorldSkills, a maior competição de profissões técnicas do mundo, a Bahia será representada na modalidade de Mecatrônica. A equipe finalista por uma vaga na delegação brasileira que irá à Rússia é composta por Edmilson Silva Souza Neto, de 21 anos, e Ítalo Carlos Costa Gonçalves de 20 anos, de Salvador.

Desde o último dia 14, os dois estão em Brasília para a última etapa de treinamentos, uma preparação intensa para a WorldSkills. Os jovens estão trabalhando as habilidades nos centros que ficam nas regiões administrativas de Taguatinga, Gama e no Setor de Indústrias Gráficas.

Uma das dificuldades da competição é que os competidores não são avaliados apenas nos padrões do Brasil, mas nos padrões mundiais, como explica o gestor do projeto Brasil Kazan, José Luís Gonçalves Leitão.

“Vão trabalhar tudo, o jogo é um jogo de tempo, cada uma das habilidades é trabalhada exaustivamente dentro dos padrões e eles são submetidos a vários testes, exercícios, durante esse período. A primeira questão é que eles têm que ter consciência do desenvolvimento técnico, de desenho técnico, de metodologia, medidas, interpretação de desenho, acabamento de produto, de processos. Tudo isso é trabalhado dentro das habilidades que cada uma das profissões têm.”

Edmilson, conhecido como Neto pelos amigos, será o programador da dupla. O aluno conta que precisou “dar duro” para chegar onde chegou. O pódio é o objetivo, no entanto o maior aprendizado já foi conquistado, como afirma Neto.

“A ficha ainda não caiu perfeitamente de que hoje sou representante do Brasil na WorldSkills 2019 em mecatrônica. E é um orgulho pra mim, tanto ter conseguido colocar meu estado no mundial pela primeira vez, quanto representar o meu País numa competição a nível mundial.”

A um passo da WorldSkills, a sensação dos jovens é de orgulho e recompensa, como explica Ítalo Carlos Costa Gonçalves.

“Me sinto muito feliz por ter colocado a mecatrônica no top 1, a sensação de que todo trabalho duro que a gente fez valeu a pena, porque foi uma tarefa bem difícil e a responsabilidade é bem grande de representar o Brasil, a competição eleva bem mais o nível.”

Em 18 participações, o país já acumulou 136 medalhas. A melhor participação brasileira na história do campeonato foi em São Paulo, em 2015. Com 27 medalhas, o Brasil foi o primeiro do ranking de países.

Reportagem, Camila Costa

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