AEROPORTOS: Recebendo milhões de pessoas todos os dias, aeroportos são locais importantes no combate ao aedes

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Repórter: Desde o final do ano passado, com a proliferação do mosquito aedes aegypti e epidemias de dengue em várias cidades do país, a Infraero está fazendo um trabalho de combate ao inseto que transmite também a febre chicungunya e o vírus zika, responsável pela microcefalia, doença que impede o crescimento normal do cérebro dos recém nascidos.

Nos sessenta aeroportos que a empresa administra, há ações semanais, ou mesmo em intervalos menores de tempo, para recolher lixo e aqueles conhecidos objetos que podem se transformar em criadouros do mosquito, como pneus velhos e copos plásticos.

O que é feito nos aeroportos acaba sendo levado automaticamente pelas pessoas que participam do trabalho para os lugares onde elas moram.

Fued Abrão, coordenador de meio ambiente do Aeroporto Santos Dummont, no Rio, confirma que o objetivo do trabalho de é também fazer com que os funcionários adotem as mesmas práticas em casa.

Sonora: Fued Abrão, coordenador de meio ambiente do aeroporto Santos Dummont (5’29” a 5’45”)

Então, a gente tem sempre alertado sobre a necessidade de ter ações tanto aqui quanto nas residências. Por quê? Aquele empregado que por ventura possa ser infectado em seu ambiente domiciliar pode sim trazer algum risco para aquelas pessoas que estão no ambiente do aeroporto.”

 

Repórter: O superintendente em exercício do aeroporto de Belém, Francisco Chagas da Silva, diz que o combate ao mosquito está mudando a cultura de quem trabalha no terminal.

Sonora: Francisco Chagas da Silva, superintendente em exercício do aeroporto de Belém.

As pessoas que trabalham aqui hoje se preocupam, não apenas nesse momento do arrastão, termina o arrastão, vai embora, cada um vai trabalhar na sua atividade, mas o olhar mudou. Você ta na sua atividade trabalhando, mas a pessoa no deslocamento da pessoa do estacionamento de veículos pra sua sala ou pro seu ambiente de trabalho, a gente observa que a pessoa já começa a ir olhando e vendo se tem alguma coisa e até nos comunicando: olha, acolá tem um ponto que eu acho que é perigoso, dê uma olhada lá e tal...

Repórter:  Somente  no primeiro semestre do ano passado, os aeroportos brasileiros, incluindo os privatizados, registraram quase 108 milhões de embarques e desembarques. E é bom lembrar que nesse número não estão incluídas pessoas que trabalham no aeroporto e funcionários das companhias aéreas, que também acabam recebendo informações sobre o combate ao aedes aegyti. Para ter mais informações sobre o aedes e as doenças que ele transmite acesse o site combateadedes.saude.gov.br

 Reportagem, André Giusti

 

 

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