VITÓRIA (ES): Pendência de visitas em imóveis atrapalha combate ao mosquito que transmite Dengue, Zika e Chikungunya

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LOC: Uma das recomendações do Ministério da Saúde para o combate do mosquito que transmite Dengue, Zika e Chikungunya, é a visita dos agentes de saúde e combate a endemias nas casas dos moradores. Além de eliminar os focos nas residências, os agentes passam as instruções sobre os cuidados necessários para evitar criadouros do mosquito. Em Vitória esse trabalho é realizado, no entanto, segundo a secretaria municipal de saúde, em 2017 essa ação está trazendo preocupações. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Arlete Frank Dutra, 35% dos imóveis da capital não receberam a visita dos agentes. A diretora detalha quais fatores tem dificultado essas visitas. 

 TEC/SONORA: Arlete Frank Dutra, diretora de Vigilância em Saúde.

 “Acho que a mudança econômica e social se tornou realidade, se tornou presente. Nossos agentes não conseguem encontrar as famílias em casa, porque estão trabalhando, a criança está na creche... Então nós temos essa pendência por isso, não porque exista uma resistência por parte dos moradores.”

 LOC: Para tentar reverter esse quadro, a Secretaria de Saúde de Vitória adotou uma série de medidas para amenizar esse índice elevado de pendências. Além de mutirões, visitas aos finais de semana foram algumas das estratégias. Outra medida foi a implantação das armadilhas para o mosquito pela cidade. A medida foi tomada não só em Vitória, mas também em outros municípios Capixabas. O gerente estadual de Vigilância em Saúde, Roberto Laperriere, explica que essas armadilhas têm como objetivo auxiliar as cidades a fazerem os levantamentos sobre a infestação do mosquito em menor tempo.

 TEC/SONORA: Roberto Laperriere, gerente de Vigilância em Saúde.

“Aqui no estado nós observamos, com o passar dos anos, uma dificuldade muito grande dos nossos municípios para fazer os levantamentos dos índices. Com essa tecnologia, em uma semana nós teremos o diagnóstico de todas as armadilhas espalhadas em toda a área urbana de cada município.”

 LOC: Em 2017, Vitória já registrou quase 400 casos suspeitos de Dengue, 76 de Chikungunya e 26 de Zika. Apesar de ser apenas a segunda com mais registros, os casos de Chikungunya têm preocupado a Secretaria Municipal de saúde por conta do aumento em relação ao ano passado inteiro, quando foram registrados 160 casos. Com dores e manchas pelo corpo, febre, diarreia, Marcilene Fraga, professora de 39 anos relata que teve problemas até para amamentar a filha recém-nascida. De acordo com a moradora do bairro Camburi, o leite materno durante o período era quase insuficiente.

 TEC/SONORA: Marcilene Fraga, professora.

 “O que eu deixei de fazer por conta da Chikungunya foram coisas do cotidiano. Como eu estava de licença maternidade, estava em casa, e eu não conseguia fazer as coisas de casa. Às vezes levantar era difícil porque doía muito minhas articulações. Nos pés, joelhos, doía bastante. Para mim era muito difícil levantar, segurar a criança no colo, essas coisas.”

 LOC: O jeito mais eficaz de se proteger da Dengue, Zika e Chikungunya é evitando o nascimento do mosquito transmissor. Para mais informações sobre os cuidados necessários e os sintomas das doenças acesse: saude.gov.br/combateaedes. 

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