VIOLÊNCIA: Justiça ajuda no combate a violência contra a mulher

Segundo Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará revelam que somente  em 2013, foram registrados mais de quinze mil boletins de ocorrências de violência contra a mulher em todo o estado.

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REPÓRTER: A dona de casa Ana Claudia teve a filha assassinada ano passado, o criminoso foi o ex companheiro da filha. Ana Claudia por várias vezes percebeu que a filha estava sendo vitima de violência domestica.
 
SONORA: Dona de casa Ana Claudia.
 
“eu percebia as marcas de agressão no corpo, tipo roxuras ou  nas pernas, nos braços, no rosto,
a primeira coisa que ela me passou foi que ele ameaçava ela de morte, que ele não ia aceitar nunca que ela se separasse dele para viver com outra pessoa”. 
 
REPÓRTER: Segundo Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará revelam que somente  em 2013, foram registrados mais de quinze mil boletins de ocorrências de violência contra a mulher em todo o estado. Este ano, segundo dados da Secretaria já foram contabilizados mais de dezesseis mil ocorrências.  A promotora de Justiça Lucinery Helena Rezende Ferreira ressalta que as agressões começam com um bate boca e pode evoluir até chegar à morte da vitima.
                                              
SONORA: Promotora de Justiça do Ministério Público, Lucinery Helena Rezende Ferreira. 
 
“Qualquer empurrão, qualquer bate-boca, qualquer insulto, qualquer tapa é crime, então a mulher tem que saber que ele começa agredindo com um empurrão, um insulto e depois ele começa a bater, depois ele tenta matar e por fim ele mata, então é essa a evolução que nós temos que evitar”.
 
REPÓRTER:  Entre tantas leis e ferramentas já criadas para ajudar no combate ao à violência contra a mulher é a Lei Maria da Penha veio para contribuir para uma mudança de comportamento, é o que destaca a  juíza titular da 1° Vara de Violência Contra a Mulher, Rubilene Rosário.  
 
SONORA: Juíza Rubilene Rosário.
 
“Ela (a lei Maria da Penha) veio justamente para fazer com que houvesse essa mudança de valor, essa mudança de comportamento com relação à violência no âmbito familiar. Então veio para nos educar. O Judiciário só não tem como mudar essa historia, mas de mãos dados com os demais poderes da sociedade civil, sim, a gente pode fazer uma grande diferença na forma como a gente está escrevendo isso a partir da lei Maria da Penha.”
 
REPÓRTER: Em 2014, o Pará passou a contar com novas delegacias para atender todas as regiões. Foram instaladas novas Delegacias da Mulher em Soure, no arquipélago do Marajó; Capanema, no nordeste paraense; em Barcarena, na região do Baixo Tocantins e em São Félix do Xingú, no sul do Pará. Tanto a promotoria de Justiça do Ministério Público quanto a Delegacia da Mulher possuem um telefone para denúncias e informações. Para entrar em contato com a central de atendimento basta ligar 180. O serviço funciona 24 horas e as ligações são gratuitas.
 

Reportagem, Storni Jr.

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