Data de publicação: 13 de Março de 2015, 02:01h, atualizado em 12 de Março de 2015, 14:22h
A estimativa é que, já em 2015, cerca de 270 mil pessoas sejam atendidas com esse novo tratamento, e a previsão é que esse número chegue a 330 mil em 2019.
REPÓRTER: O transtorno afetivo bipolar é um a doença que provoca oscilação brusca de humor, com períodos de euforia, irritação e depressão. A estimativa do Ministério da Saúde é que o transtorno atinja cerca de dois milhões de pessoas no Brasil. A engenheira civil, Viviane Vaz, por exemplo, conta que enfrentou várias dificuldades para começar a combater o transtorno.
SONORA: engenheira civil – Viviane Vaz
“Quando chega ao ponto de você não conseguir mais fazer os seus afazeres, no caso eu fazia faculdade e não conseguia estudar, quando chega ao ponto de você prejudicar realmente a sua vida, aí é caracterizada a doença. Não quer dizer que a pessoa não teve antes esses episódios. Tive depressão, algumas euforias mais fracas, mas como não chegou a prejudicar propriamente a minha vida, então a gente não procura tratamento. Só quando vem uma crise forte, que a gente vai para o psiquiatra e descobre realmente a doença.”
REPÓRTER: Segundo o psiquiatra e psicanalista do Hospital Federal da Lagoa, no Rio de Janeiro, Celso Rubman, o transtorno afetivo bipolar tem origem genética e é caracterizado por oscilação de humor.
SONORA: psiquiatra e psicanalista do Hospital Federal da Lagoa (RJ) – Celso Rubman
“O paciente oscila de um polo de muita alegria para um polo de muita tristeza. E, nessas circunstâncias, você percebe que a pessoa não tem controle de que ela está nesse estado. Esse diagnóstico costuma dar depois dos 18 anos, mas fazer esse diagnóstico é mais comum fazer na idade adulta. Quando uma pessoa se exalta demais ou se deprime demais, as pessoas dizem: ‘esse cara é bipolar’. Como esse termo está muito na moda, ela tem que ser fundamentada de várias atitudes que justifiquem e com uma história familiar genética. Não existe cura para essa doença. Você pode usar medicação. E o SUS dá suporte, sem problema nenhum.”
REPÓRTER: O mais novo suporte oferecido pelo SUS aos pacientes com diagnóstico de transtorno afetivo bipolar é a oferta de cinco medicamentos para tratar os sintomas associados à doença. É o que explica o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
SONORA: secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa
“O medicamento não cura, mas ele evita que a pessoa tenha essas crises que interferem diretamente, tanto com a vida, a convivência familiar, social e no trabalho. Nós temos uma comissão no SUS que faz avaliação se um medicamento é melhor do que os que eram usados anteriormente. Foi aprovado um novo protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para o tratamento do afetivo bipolar. Isso facilita que os médicos do Brasil inteiro possam ter uma orientação sobre como possam ter uma orientação sobre como podem usar esses medicamentos.”
REPÓRTER: A estimativa é que, já em 2015, cerca de 270 mil pessoas sejam atendidas com esse novo tratamento, e a previsão é que esse número chegue a 330 mil em 2019. Para saber mais sobre os medicamentos para Transtorno Bipolar, acesse o site do Ministério da Saúde. www.saude.gov.br
Reportagem Diane Lourenço
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