TEC: Trilha (BG).
LOC: O Instituto Nacional de Câncer, Inca, estima que surjam, por ano, 180 novos casos de câncer do colo do útero em todo Tocantins. Para prevenir a doença, as meninas o Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde do estado e as secretarias municipais de saúde e escolas estão em mobilização para aplicação da segunda dose da vacina em meninas de 9 a 11 anos tocantinenses. A meta do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde é imunizar 80% das mais de 42 mil meninas desta faixa etária. Porém, na primeira fase da campanha, apenas 41,61% das jovens tomaram a primeira dose da vacina, de acordo com dados do Ministério. Em 43 cidades a cobertura ficou abaixo 32% de adolescentes vacinadas. Essas localidades se concentram, principalmente, no norte do estado, na região do Bico do Papagaio, e nas regiões do Alvorada e Capim Grosso. Fazem parte deste grupo, por exemplo, os municípios de Rio Sono, Lizarda, Alvorada, Dueré, Araguatins e Ananás. Segundo a enfermeira técnica da gerência de imunização da Secretaria de Saúde do estado, Maria de Lurdes Miranda, os municípios estão se articulando para reverter quadro, mas há dificuldades.
TEC: Maria de Lurdes Miranda, enfermeira da gerência de imunização da Secretaria de Saúde de Tocantins.
“O nosso grande desafio é alcançar essa cobertura, é fazer com que essa população esteja adequadamente vacinada, até pelos benefícios. É uma vacina muito segura, eficaz, então assim, o nosso maior desafio é de fato alcançar esse público. Nós temos a vacina disponível, nós temos equipes que estão trabalhando. O nosso desafio é fazer com que a população faça a adesão.”
TEC: Sobe e desce trilha (BG).
LOC: A advogada Maria Ires Cristina de Oliveira é responsável pela Ana Vitória de 11 anos de idade. A moradora de Palmas acha que os pais devem tomar a iniciativa e não deixar as crianças sem a imunização.
TEC: Maria Ires de Oliveira, advogada.
“Acho que é importante independente de ser liberado nas escolas, acho que os pais, os responsáveis devem levar suas filhas no posto de saúde logo que for liberada a campanha. Eu acho que não tem que medir consequências, é uma coisa superimportante, acho que tem que levar sim.”
LOC: Ana Vitória tomou a primeira dose e de acordo com a tia Maria Ires, a jovem vai tomar a segunda também. A menina tem apenas 11 anos, mas já tem consciência que a vacina contra o HPV pode preveni-la de problemas mais graves.
TEC: Ana Vitória, menina vacinada.
“Eu acho importante, porque quando a gente crescer a gente não vai ter câncer do colo do útero. Ela é muito importante. A gente mais nova, a gente tem que muito tomar. Porque não tinha essa vacina e muita gente hoje em dia tem câncer do colo do útero.”
LOC: E quanto à dor, Jéssica Rodrigues de 11 anos conta o que achou da vacina.
TEC: Jéssica Rodrigues
“Não doeu não, quando doeu já tinha era saído.”
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da saúde é de que até o final do ano, 80% das meninas com idade entre 9 e 11 estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por menina nesta idade, leve-a a uma Unidade de Saúde e leve junto o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).