SERGIPE: Ministério investe 1,6 milhão para construção de centros de reabilitação para pacientes com microcefalia

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LOC: O Ministério da Saúde está realizando a construção de Centros Especializados de Reabilitação para portadores de microcefalia. O intuito da pasta é fornecer ajuda a crianças que possuem a doença, para que sejam tomadas as devidas providências com os pacientes. O Estado de Sergipe terá um investimento do Ministério de 1,6 milhão de reais. Um centro de pesquisa também será construído com o dinheiro investido pela pasta.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de Sergipe, apenas cinco casos foram confirmados por Zika, neste início de ano. A pasta segue fazendo ações para combater o mosquito. Uma delas são as visitas de agentes de saúde nas residências da população. Ainda assim, Sidney Sá, Gerente do Núcleo de Epidemiologia de Sergipe, atenta para que os cidadãos melhorem as limpezas diárias, para combater o mosquito.


TEC/SONORA
: Sidney Sá, Gerente do Núcleo de Epidemiologia de Sergipe.

“O que eu falo pra população e o que eu peço é que esteja participando conosco, né? É de vital importância a participação dos nossos dois milhões de habitantes que nós temos no Estado de Sergipe, é importante que essa população permita a entrada, a visita do agente de saúde, que escute todas as orientações. E dê continuidade às ações que são realizadas pelos agentes, porque o maior agente é a própria população.”

LOC: Das três arboviroses transmitidas pelo mosquito, a Zika ataca de forma mais branda, com febres, dores atrás dos olhos e nas articulações. A doença pode levar a problemas maiores, principalmente em grávidas. A microcefalia tem assustado as mães de todo o Brasil. Esse problema de saúde faz com que a criança nasça com uma diminuição no tamanho do crânio. No estado, não foram confirmados casos da doença em 2017.

Na cidade de Cumbe, interior de Sergipe, que fica situada a cerca de 90 quilômetros da capital Aracajú, o único caso registrado de microcefalia, em 2016, aconteceu com Daniela Andrade, auxiliar administrativa de 33 anos. Ela não contraiu o vírus da Zika, porém o marido, sim. A filha Thaisa, de um ano e três meses, nasceu com microcefalia. Ela explica que, se teve Zika, os sintomas não apareceram.


TEC/SONORA: Daniela Andrade, auxiliar administrativa.
 

“Foi mais ou menos quando eu estava com quase cinco meses de gestação e aí ele ficou dois dias com febres, dores no corpo, ficou com pintinhas vermelhas todo empolado, ele coçava, mas aí esses sintomas foram no máximo de dois a três dias, depois ele ficou bem. Se eu tive, foi assintomática, eu não tive os sintomas, quem teve os sintomas foi o meu esposo.”

LOC: Todos os acompanhamentos de Thaisa são realizados em Aracaju, pois, em Cumbe, não existe assistência dentro da cidade para que ela seja tratada. A evolução da pequena é lenta. Ela ainda não consegue ficar em pé nem engatinhar, mas, de acordo com Daniela, a filha está conseguindo ter progressos. Fonoaudiólogos e fisioterapeutas são fundamentais no tratamento de Thaisa.

Daniela diz que o amor envolvido pela filha é a maior vontade de superar esse problema. Ela continua buscando ajudas, mas os médicos com quem conversou ainda falam que esse assunto é muito novo. Ela atenta que o surto já está por aí há um ano e as questões de pesquisa precisam ser revistas para uma melhor evolução dos cuidados com a microcefalia. Em questão dos cuidados, Daniela segue eliminando os possíveis criadouros, diariamente.

 

TEC/SONORA: Daniela Andrade, auxiliar administrativa.

“O que eu repito, os cuidados que têm que ter mesmo com a questão da higienização, questão da água parada, ficar vendo essa questão dos vasos, da água, que fica acumulada, usar repelente, que é importante também. No mais é isso. Porque assim, eu demoro a acreditar que um mosquitinho causou esse dano todo. Os médicos chegam pra gente, sentam, falam tudo, mas assim, eu ainda fico sem acreditar.”

LOC: Combata o mosquito eliminando os possíveis criadouros. Exemplos como caixas d’água, garrafas vazias, pratos de planta com água parada, devem ser verificados todos os dias. Reforçando as palavras de Sidney, o maior agente de saúde é a população. Ajude também a não deixar que o mosquito se prolifere. Para saber mais sobre as doenças e formas de combater o mosquito, acesse o site saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.

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