SERGIPE: Casos de Tuberculose aumentaram nos últimos dez anos

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LOC: A Tuberculose ainda é uma preocupação para a Secretaria de Saúde de Sergipe. Apesar de não apresentar os maiores índices do país, as taxas de incidência da doença no estado aumentaram nos últimos dez anos. De acordo com a Secretaria, foram mais de 600 casos no ano passado, com cerca de 50% dos diagnosticados concentrados na capital e região metropolitana. O morador de Aracaju, Cristiano José Gomes de Melo, de 39 anos, conta que teve Tuberculose no ano passado.

 

TEC/SONORA: Cristiano José Gomes de Melo, 39 anos, autônomo.

 “Fui tomar conta de minha mãe no hospital, que ela tem câncer de mama, aí peguei uma infecção hospitalar. Eu já estava debilitado, mas agravou devido ao uso de drogas, bebidas e noites mal dormidas. Iniciou-se em junho, mas só foi diagnosticado em agosto do ano passado. Acordava cansado, tossia muito. Eu me vi com todos os orifícios que um ser humano tem saindo sangue. Ou seja, urinava, saía sangue, seu vomitasse, sangue, se eu escarrasse, sangue. Eu pesava 110 kg, fiquei com 67. Eu era o couro e osso só.”

 

LOC: O médico infectologista, referência técnica para vigilância epidemiológica, Marco Aurélio de Oliveira Goes, explica que a maior preocupação das equipes de saúde é garantir que os pacientes não abandonem o tratamento antes da cura completa. Ele também afirma que o diagnóstico precoce é a chave para evitar consequências mais sérias e quebrar a cadeia de transmissão.

 

TEC/SONORA: Marco Aurélio de Oliveira Goes, médico infectologista, referência técnica para vigilância epidemiológica.

 “A Tuberculose, apesar de ser curável em quase 100% dos casos e ter um tratamento que é disponibilizado, e gratuito, tanto para quem trata no serviço público como para quem trata no serviço privado. A gente tem ainda 10% dos casos que abandonam o tratamento e quase 8% vão a óbito. Tosse há mais de três semanas, tem que pensar em tuberculose, diagnosticar, tratar, completar o tratamento, para você ter cura e evitar a transmissão para outras pessoas.”

 

LOC: De acordo com o médico, a taxa de abandono do tratamento da Tuberculose é alta devido à longa duração e à falta de confiança na equipe médica. Marco Aurélio explica que Sergipe investiu em capacitação das equipes das unidades básicas de saúde, para evitar que os pacientes abandonem o tratamento antes do fim.

 

TEC/SONORA: Marco Aurélio de Oliveira Goes, médico infectologista, referência técnica para vigilância epidemiológica.

 “O programa estadual tem trabalhado tanto a questão do manejo clínico, que é o diagnóstico e o tratamento. Mas também com as abordagens de tentar melhorar a adesão ao tratamento, porque as pessoas que não se sentem acolhidas naquela unidade de saúde acabam não confiando naquele serviço e abandonando o tratamento da Tuberculose.”

 

 

LOC: Para saber mais, acesse: saude.gov.br. 

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