SAÚDE: Macacos doentes ou mortos são os primeiros alertas sobre circulação da Febre Amarela em áreas rurais

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LOC.: Os casos de pessoas contaminadas pela Febre Amarela em Minas Gerais e em outros estados brasileiros preocupa as autoridades da área da saúde. Os casos registrados ocorreram em áreas rurais, onde circula o mosquito que transmite a Febre Amarela Silvestre, como explica a bióloga Marcia Chame, Coordenadora de Biodiversidade e Saúde Silvestre da FIOCRUZ, no Rio de Janeiro:
 
TEC./SONORA: Marcia Chame, Coordenadora de Biodiversidade e Saúde Silvestre da FIOCRUZ
 
“É a febre amarela  que circula na floresta, nos ambientes naturais, nas espécies de macacos que andam nesses lugares, então esse é um vírus que está ali no seu ambiente natural e que em algumas situações eles chegam nas bordas dessas florestas e acabam então sendo transmitidos por mosquitos para o homem, que está ali na zona rural ou também para pessoas que adentram na mata...”
 
LOC.: O vírus da febre amarela faz parte de algumas espécies de macacos que transmitem a doença  para outras  espécies através do mosquito, como explica a Coordenadora de Biodiversidade e Saúde Silvestre da FIOCRUZ, Márcia Chame:
 
TEC./SONORA: Marcia Chame, Coordenadora de Biodiversidade e Saúde Silvestre da FIOCRUZ
 
“O vírus da febre amarela pode circular em diversos tipos de primatas, mas a gente sabe que o bugio, que em alguns lugares chamam de bugio, outros de roncador, outros de guariba, esse macaco é extremamente sensível assim como os humanos à febre amarela.”
 
LOC.: Se um macaco aparecer doente ou morto  é importante não tocar no animal e informar a vigilância sanitária da região para que sejam tomadas providências, como a vacinação para a população. São os macacos que dão o primeiro alerta de que o mosquito que transmite a febre amarela  está circulando perto das pessoas que habitam o lugar:
 
TEC./SONORA: Marcia Chame, Coordenadora de Biodiversidade e Saúde Silvestre da FIOCRUZ
 
“A gente já teve casos acontecendo em Goiás, no Tocantins esse ano, mas a gente já teve esse surto anterior de 2001, 2003 nessa mesma região que está acontecendo em Minas. Em 2009 a gente teve um surto muito importante no Rio Grande do Sul.”
 
LOC.: Márcia Chame que coordena a área de Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fiocruz e pesquisa os ciclos da Febre Amarela deixa um alerta de que a doença chega aos seres humanos quando acontece um desequilíbrio ambiental:
 
TEC./SONORA: Marcia Chame, Coordenadora de Biodiversidade e Saúde Silvestre da FIOCRUZ
 
“A gente vem observando que a maior parte dos surtos acontecem nos ambientes onde as matas são muito pequenas e isso é importante de observar porque nas áreas grandes onde os macacos tem alimento, espaço, normalmente esse ciclo não sai do ambiente silvestre para a área rural. Isso é a ação humana que acaba criando esse espaço pra que o mosquito saia desse ciclo natural e venha buscar sangue humano pra se alimentar e com isso ele transmite o vírus para as pessoas.”
 
LOC.: Entender que os macacos não são nossos inimigos, não tocar em um animal morto ou doente e avisar o sistema de saúde se isso ocorrer. Além de tomar a vacina de febre amarela que é gratuita nos postos de saúde.
 
Para mais informações, acesse o site do Ministério da Saúde: saude.gov.br.    

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