A cidade de Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina, é uma prova de que ações bem executadas da prefeitura, com a colaboração da população, conseguem acabar com o mosquito causador da Dengue, Zika e Chikungunya.
O município com mais de 200 mil habitantes possui um dos principais portos de carga em conteiners do país, e em 2015 atravessou o primeiro surto de Dengue da história de Santa Catarina. Foram mais de 3 mil casos registrados da doença, mas conseguiu reduzir o número para menos de 90 casos em 2016. Mas isso não quer dizer que a luta acabou, ainda mais com a chegada do verão. Para continuar tendo sucesso no combate ao mosquito, que também transmite Chikungunya e Zika, a prefeitura mantém uma campanha permanente durante todo o ano.
Lúcio Vieira é Coordenador-Geral do programa de controle da Dengue, Zica e Chigungunya do município de Itajaí e conta o que tem sido feito:
TEC/SONORA: Lúcio Vieira, Coordenador-Geral do programa de controle da Dengue, Zica e Chigungunya, Itajaí/SC
“Primeiramente, o que a gente fez no município de Itajaí foi reforçar as atividades de prevenção da Secretaria da Saúde, com o aumento do quadro de agentes de endemias, aqueles agentes que vão até às residências, orientar os moradores. Reforçamos toda a atividade dentro do município, fizemos uma campanha grande na mídia, um marketing grande, a união de outras secretarias, de outras estruturas da prefeitura é fundamental, somente a secretaria de Saúde não consegue vencer essa luta. As atividades têm que ser feitas durante todo o ano no município. Fizemos o nosso dever de casa, então tudo aquilo que está no manual do Ministério da Saúde sobre o trabalho de campo a gente está seguindo a risca.“
LOC: O coordenador-geral do programa de Controle da Dengue,Zika e Chikungunya da cidade, Lúcio Vieira, informa, que além das vistorias, a prefeitura colocou nas ruas da cidade dois caminhões baús, que ganharam o apelido de Cata Trecos. Eles passam recolhendo objetos que os moradores querem jogar fora, mas que não são recolhidos pelo caminhão do lixo.
São móveis, eletrodomésticos e utensílios velhos que acumulam água quando vão parar nos terrenos baldios e calçadas. O material descartado é recolhido e levado para um pátio onde é feita uma triagem. Depois, é doado para cooperativas de reciclagem ou entidades assistenciais. O município, no entanto, não deixa de punir aqueles que insistem em não limpar terrenos baldios, locais que sempre acumulam água parada. Em 2015, a prefeitura criou uma lei municipal e passou a multar quem não cuidasse de sua propriedade.
Lúcio Vieira conta como funcionam as notificações e multas, que variam de R$ 300 a R$ 3.400, de acordo com o tamanho do imóvel e a quantidade de água parada.
TEC/SONORA: Lúcio Vieira, coordenador do controle de Dengue, Zika e Chikungunya
“Quem tem o poder de dar a primeira notificação é o agente de endemias porque está na rotina dele, visitando aquele imóvel, fazendo a vistoria. Então, o agente tem como preencher uma notificação bem simples, para preencher com todos os dados, número do imóvel. Essa notificação é preenchida, chega para nós aqui, a gente repassa para os fiscais sanitaristas que vão até o cadastro da prefeitura, localizam o proprietário desse terreno, se não localizar o proprietário é publicado em edital no jornal municipal o lançamento dessa multa e se não pagar vai para o IPTU e vai pagar IPTU com a multa. Depois de aplicada, no meio tempo dessa logística, nós limpamos o terreno.”
LOC: A limpeza de terrenos baldios não é responsabilidade apenas do proprietário do imóvel ou do poder público. Os vizinhos precisam ajudar na fiscalização e não permitir que joguem lixo ou entulho nas proximidades, porque a eliminação dos criadouros é um dever de toda a população.
Para mais informações do que os municípios brasileiros vêm fazendo para eliminar o mosquito causador da Dengue, Zika e Chikungunya, acesse saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.