SÃO PAULO: Pela primeira vez em cinco meses, estado registra queda em novos casos de dengue

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REPÓRTER: Pela primeira vez desde setembro de 2015, o estado de São Paulo registrou queda no número de notificações sobre novos casos de dengue. Na comparação entre fevereiro e janeiro deste ano, o número de novos casos caiu 38 e meio porcento, passando de 57 mil e 500 para 35 mil e 400.

Ainda não estão claros os motivos que levaram à interrupção da trajetória de crescimento. É preciso levar em conta também que o relatório divulgado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo ainda pode ser atualizado.

As maiores quedas foram registradas em cidades com até 150 mil habitantes. Em fevereiro, o recuo de número de novos casos de dengue caiu em 328 das 645 cidades do estado.

O coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Estado de Saúde, o médico infectologista Marcos Boulos, diz que é preciso olhar os dados com atenção, uma vez que os municípios têm prazo de até 30 dias para lançar novas notificações. Ele afirma, porém, que existem várias outras evidências que mostram que o problema pode ser menor que o previsto.

Uma das razões para a queda no número de casos de dengue entre e janeiro e fevereiro pode ser a intensificação das campanhas contra o Aedes aegypti. Além da dengue, o mosquito também é transmissor da febre chicungunya e do vírus Zika, que está associado ao aumento dos casos de microcefalia no país.

De acordo com Boulos, por causa do Zika, a população ficou mais atenta aos cuidados para exterminar focos e evitar a proliferação do mosquito. O coordenador também cita o envolvimento da Defesa Civil e das Forças Armadas para o combate ao Aedes, além da participação da sociedade civil organizada em ações como mutirões de limpeza e campanhas de conscientização.

A capital paulista não apresentou queda no número de notificações, mas a prefeitura também acredita que a mobilização contra o Aedes aegypti também já esteja surtindo efeito. Até meados de fevereiro, a escalada da dengue na cidade tem tido ritmo menor do que o mesmo período de 2015. No ano passado, foram dois mil 280 casos, enquanto neste ano foram  mil 983 casos no mesmo período.

Para saber mais, acesse: combateaedes.saude.gov.br

Reportagem, Isadora Grespan

 

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