Data de publicação: 13 de Janeiro de 2017, 03:46h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: O governo de São Paulo e o Banco Nacional de Desenvolvimento, o BNDES, assinaram contrato para construir uma fábrica de vacina contra a dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan. Esta é a primeira vacina do mundo tetravalente, ou seja, combate os quatro tipos de vírus da doença com apenas uma dose. O contrato prevê investimento de mais de 97 milhões de reais, sendo que o dinheiro não é reembolsável, ou seja, não vai voltar para o BNDES. O estado de São Paulo não terá que devolver o dinheiro porque uma fábrica de vacina contra a dengue é um benefício social extremamente importante para a saúde pública, não só para o Brasil, mas para vários outros países em que a doença é endêmica. É o que explica o Superintendente da Área de Indústria e Serviços do BNDES, Cláudio Leal.
TEC./SONORA: Cláudio Leal, Superintendente da Área de Indústria e Serviços do BNDES
“Este recurso é um recurso não reembolsável. É um orgulho para o BNDES fazer parte desta iniciativa... É uma operação de quase R$100 milhões de reais e que tem como objetivo específico dar sequência aos testes para identificação de uma vacina contra a dengue e também o apoio à uma planta de escalonamento desta vacina que está sendo produzida.”
LOC.: Além disso, o dinheiro servirá para a instalação e montagem de equipamentos na fábrica, incluindo mobiliário, insumos e a formação de equipes qualificadas para a condução de estudos clínicos de desenvolvimento da vacina. No dia 3 de janeiro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou que esta fábrica vai ser um grande salto em termos de ciência e saúde e dará uma contribuição para estudos nacionais e mundiais.
TEC./SONORA: Geraldo Alckmin, Governador de São Paulo
“Quero aqui agradecer por este recurso não reembolsável... Nós vistoriamos agora a nova fábrica, mais 60 dias está pronto o prédio, aí começam a colocar os equipamentos todos, e nós vamos ter aqui mais um avanço importante para a ciência brasileira e uma grande colaboração à ciência mundial, porque não há no mundo, ainda, vacina contra a dengue com apenas uma única dose.”
LOC.: Esta vacina contra a dengue é produzida com vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. A pesquisa clínica está na última fase de testes antes de a vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Aprovada, ela será produzida em larga escala e disponibilizada na rede pública de saúde para campanhas de imunização em massa.
Mais de 17 mil pessoas em todo o Brasil se candidataram a ser voluntários dos testes e serão acompanhados pela equipe médica por um período de cinco anos. Este acompanhamento servirá para identificar a duração da proteção oferecida pela vacina.
A nova fábrica terá três mil metros quadrados de área construída e também foi planejada para produção de vacinas contra a raiva e Zika. Para saber mais sobre as doenças e formas de combate a Dengue, Zika e Chikungunya, acesse o site saude.gov.br/combateaedes.
