RIO GRANDE DO NORTE: Estado precisa de mais doadores de sangue

O Rio Grande do Norte conta com três hemocentros, dois centros de coleta e duas unidades móveis. Mesmo com essa infraestrutura o índice de doação de sangue é baixo.

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LOC.: A administradora de empresas Marcela Frazão, 40 anos, mora no bairro Emaus, em Parnamirim, e enfrenta uma luta contra um melanoma, um tipo de câncer de pele muito comum a pessoas de pele clara, que moram em cidades com grande exposição ao sol. Casada, ela faz o tratamento em Natal. Há seis meses, Marcela se sentiu muito fraca, a ponto do marido levá-la às pressas ao hospital. Ela precisava de transfusão de sangue. Apesar do Hemonorte ter o sangue que Marcela precisava, a aparelhagem necessária para realizar o procedimento não era apropriada. Ela recorreu a uma clínica particular, mas percebeu que a falta de sangue é uma realidade presente tanto nas instituições públicas, quanto nas privadas.

TEC./SONORA: Marcela Frazão, administradora.

“Tanto na rede pública, como na privada, não tem sangue suficiente. Muitos não sabem da realidade da gente que precisa né?! Pensam assim: ah, é só em caso de acidentes. Mas, até eu adoecer, eu não sabia que quem era paciente oncológico e o que precisava. Então, eu acho que a população não tem consciência de quais pessoas, quais doenças que a pessoa tem a necessidade de receber a transfusão.”

LOC.: Casado e pai de duas filhas, o procurador federal Filipo Amorim, 39 anos, é doador de sangue há mais de 20 anos. Morador do bairro Petrópolis, em Natal, o seu ato solidário sempre foi espontâneo, pois ele se sente bem ao fazer um gesto que acredita que ajuda mais de uma pessoa, além dele mesmo. Para Filipo, é preciso desmistificar muita coisa que atrapalha as pessoas a se tornarem doadoras, como o medo da dor e a burocracia que muitos acreditam que existe no processo de doação.

TEC./SONORA: Filipo Amorim, procurador federal.

“Eu, como doador há mais de 20 anos, posso garantir que não há burocracia, que é algo simples, algo rápido, praticamente indolor, e que você agindo dessa forma, indo ao banco de sangue, prestando a sua solidariedade, você vai fazer bem a muitas pessoas, inclusive a você mesmo, enquanto doador.”

LOC.: O Rio Grande do Norte conta com três hemocentros: em Natal, em Mossoró e em Caicó. Os centros de coleta são em Currais Novos e Pau dos Ferros. E duas unidades móveis que atendem toda a região metropolitana de Natal até Parnamirim. Mesmo com essa infraestrutura, o diretor do Hemonorte, Rodrigo Vilar de Freitas, lamenta pelo baixo índice de doação de sangue.

TEC/SONORA: Rodrigo Vilar de Freitas, diretor geral do Hemonorte.

“A gente tem uma quantidade de sangue espontâneo muito baixa. Mesmo com o trabalho incessante do departamento de apoio técnico, a gente atinge uma média entre 30 e 35% de sangue espontâneo. A gente, infelizmente, precisa crescer muito nisso, mas acaba sendo que a maioria das nossas doações são de reposição. Infelizmente mostra como ainda estamos frágeis nesse ponto de vista.”

LOC: Se você tem entre 16 e 69 anos, goza de boa saúde e pesa acima de 50 quilos, seja um doador. Doar sangue regularmente salva muitas vidas. O Hemonorte está localizado na Avenida Alexandrino de Alencar, no bairro Tirol, em Natal. As coletas são realizadas de segunda a sábado, das sete às dezoito horas. O telefone é 3232-6701. Repetindo: 3232-6701. Doe sangue regularmente e ajude a quem precisa. Para mais informações, acesse saude.gov.br/doesangue.

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