RIO DE JANEIRO: Estado é recordista em casos de tuberculose no país

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LOC: O Governo Federal se prepara para lançar ainda este ano o Plano Nacional Para o Fim da Tuberculose, em parceria com estados e municípios. O Rio de Janeiro é um dos principais alvos do projeto por estar entre os estados líderes em vítimas da doença no país. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no ano passado, o Rio registrou 61 casos a cada 100 mil habitantes, ficando atrás apenas do Amazonas, aonde o índice chegou a 67 infectados para cada 100 mil habitantes. A doença é transmitida de pessoa para pessoa por meio da tosse, espirro ou fala, e o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais para evitar novas contaminações, como explica a Coordenadora do Programa Nacional de Controle a Tuberculose do Ministério da Saúde, Denise Arakaki.
 
TEC/SONORA: Denise Arakaki, coordenadora Programa Nacional de Controle Tuberculose do Ministério da Saúde.
 
“Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento tem que ser feito o mais precocemente possível, porque quando tratamos o indivíduo deixa de contaminar outras pessoas nas próximas duas semanas. Então, para proteger seus familiares e sua rede de contatos é recomendável que se inicie o tratamento o mais precocemente possível. Além disso, o tratamento faz com que as condições clínicas do individuo se revertam rapidamente, o paciente volta a ganhar peso, volta a ter mais disposição para o trabalho.”
 
LOC: A taxa de mortalidade por tuberculose no Brasil caiu 15,4% entre 2006 e 2015, mas o Rio de Janeiro continua em alerta, com uma das maiores médias nacionais: cinco óbitos a cada 100 mil habitantes. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o objetivo é reduzir em 90% a incidência de tuberculose no país até 2035 e ressaltou a importância de amigos e familiares no apoio ao doente.
 
TEC/SONORA: Ricardo Barros, ministro da Saúde.
 
Fazemos aqui um apelo aos familiares, aos amigos das pessoas portadoras de tuberculose, que estimule essas pessoas a buscar o tratamento. É um bom tratamento que o SUS oferece e, certamente, com isso, além de atingirmos as nossas metas e os nossos compromissos com a Organização Mundial da Saúde, teremos mais qualidade de vida, mais conforto e mais saúde aos brasileiros.”
 
LOC: No primeiro momento, a doença pode apresentar apenas tosse prolongada como sintoma. O tratamento pode ser feito gratuitamente pelo SUS e dura em média seis meses para tuberculose pulmonar, podendo chegar a 12 meses nos casos de tuberculose óssea e cerebral. É fundamental que o tratamento não seja interrompido nesse período para garantir a cura total do paciente. A Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, bactéria transmissora da tuberculose, tem facilidade para se devolver em certos ambientes fechados, como detalha Denise Arakaki.
 
TEC/SONORA: Denise Arakaki, coordenadora Programa Nacional de Controle Tuberculose do Ministério da Saúde.
 
“Ambientes aglomerados com pouca ventilação, com pouca radiação solar, com número excessivo de pessoas compartilhando o mesmo espaço. Esses ambientes podem propiciar a disseminação dos bacilos e a contaminação dessas pessoas. Além disso, algumas pessoas podem ter condições físicas que propiciem o desenvolvimento da tuberculose.”
 

 

LOC: Entre as condições físicas que favorecem o contágio estão as pessoas contaminados pelo vírus do HIV, diabetes e tratamentos com imunossupressores. O diagnóstico da doença é feito por meio de um teste de escarro ou catarro, onde será detectado o bacilo da tuberculose e o resultado sai em menos de 24 horas pelo SUS. Para saber mais informações sobre a doença, acesse: saude.gov.br

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