Data de publicação: 27 de Novembro de 2015, 03:41h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG).
LOC: As Unidades Básicas de Saúde do SUS e escolas fluminenses estão em mobilização para aplicar a segunda dose da vacina contra o vírus Papiloma Vírus Humano, o HPV, em meninas de 9 a 11 anos. No estado, a meta do Ministério da Saúde e da secretaria de saúde estadual é que 371 mil jovens desta faixa etária sejam vacinadas. Estado e municípios trabalham para superar os baixos índices registrados na primeira fase da mobilização, quando 44% dessas adolescentes buscaram os postos para tomar a primeira dose da vacina. Em 47 cidades, concentradas, em sua maioria nas regiões norte fluminense, metropolitana e do Vale do Paraíba foram registradas taxas médias de até 35% de garotas vacinadas. Fazem parte desse grupo, entre outros municípios, Campo dos Goytacazes, Cambuci, São Fidélis, São Gonçalo, Niterói, Duque de Caxias, Valença, Volta Redonda e Resende. O subsecretario de Vigilância em Saúde do estado, Alexandre Chieppe, reforça a importância da vacina contra o HPV e lembra que para vacinar basta ir ao posto de saúde e solicitar a imunização.
TEC: Alexandre Chieppe, subsecretario de Vigilância em Saúde do estado.
“Em todo estado do Rio de Janeiro são mais de 1500 postos de vacinação nos 92 municípios que dispõe da vacina contra o HPV. Então, é uma vacina muito segura, uma vacina extremamente eficaz e que protege contra uma doença que tem um impacto muito grande hoje na sociedade brasileira. É importantíssimo que todas as meninas na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde tomem as três doses da vacina, nós estamos agora na segunda etapa de vacinação em que as crianças já devem tomar a segunda dose da vacina e somente seguindo o calendário preconizado com as três doses é possível garantir a eficácia da vacina.”
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
LOC: O câncer do colo do útero, citado pelo subsecretário é o terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, no estado do Rio de Janeiro devem surgir mil e 300 novos casos da doença até o fim deste ano. O oncologista do instituto, Gustavo Iglesias alerta que este tipo de câncer, quando mostra sintomas, já está bem avançado.
TEC: Gustavo Iglesias, oncologista do INCA.
“O câncer do colo do útero, geralmente, quando dá sintomas, já se encontra em um estágio mais avançado. Um sintoma muito comum é o sangramento por via vaginal, principalmente depois da relação sexual. A mulher depois da relação sexual tiver algum sangramento por via vaginal, isso é um sintoma característico bem descrito.”
TEC: Trilha (BG).
LOC: A vacina contra o vírus HPV é a principal forma de evitar o câncer do colo do útero, como destaca a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabela Balallai. Ela garante que a vacina usada pelo Ministério da Saúde é segura e não provoca reações.
TEC: Isabela Balallai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.
“Felizmente, as vacinas causam muito pouco evento adverso até mesmo se comparada com muitos medicamentos que são necessários para tratar as pessoas. Enfim, a vacina, não causa eventos adversos graves, é uma vacina segura já demonstrada de custo benefício, quer dizer, ela é capaz de evitar uma doença grave que é o câncer do colo do útero e ela não tem uma incidência maior de relatos de eventos adversos realmente relacionados a ela maior do que tantas as outras vacinas que a gente faz de rotina para as crianças, adolescentes e adultos no mundo inteiro.”
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da saúde é de que até o final do ano, 80% das meninas com idade entre 9 e 11 estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por menina nesta idade, leve-a a uma Unidade de Saúde e leve junto o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).