Data de publicação: 04 de Setembro de 2017, 01:11h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
A Reforma Política subiu no telhado. A falta de consenso entre os parlamentares sobre os rumos das regras eleitorais suspendeu as discussões. Enquanto isso, o governo federal mantém as articulações para retomar o debate sobre a Reforma da Previdência. A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287, que altera o regime de aposentadoria dos brasileiros, é a aposta do Planalto para desafogar as contas da União. É tida como um trunfo na tentativa de consolidar os sinais de recuperação da economia no Brasil.
Junto com a implantação do teto para o gasto público, quer permitir a sustentabilidade da política fiscal. É o que acredita o presidente Michel Temer para trazer de volta, inclusive, a confiança de investidores. Estimativas do governo apontam para uma economia de R$ 678 bilhões em dez anos com a Reforma da Previdência.
Bonifácio de Andrada, do PSDB de Minas, é deputado federal pelo décimo mandato. Ele aposta na necessidade de alterações nas regras de aposentadoria, mas defende uma mudança gradativa na Previdência.
“No meu entender, um problema como esse da reforma previdenciária ele devia se desenvolver de uma maneira, que eu diria, paulatina. Num primeiro momento, deveríamos resolver alguma parte dos problemas, depois num segundo momento, e assim, depois de um ano, um ano e meio, termos uma solução para o problema da Previdência.”
Atualmente, 45% de tudo o que é arrecadado pela União são consumidos com pagamento de benefícios, levando-se em conta só o INSS. O Ministério do Planejamento prevê que, sem a reforma, esse percentual de gastos pulará para 72% em 2026. O envelhecimento da população brasileira em curso é a grande preocupação para o aperto das contas previdenciárias no futuro.
Reportagem, Hédio Júnior