REPÓRTER: Maria Alice, nome fictício do personagem, está cumprindo pena desde 2014. Ela foi condenada por assalto a mão armada. Maria Alice reconhece que chegar na cadeia foi um momento muito difícil da vida.
SONORA: Maria Alice.
“Estar preso não é bom. Eu aconselho as pessoas procurarem a melhor forma de seguir o caminho certo, porque chegar na cadeia é o extremo.”
REPÓRTER: A partir de 15 de abril até 27 de junho, a 1ª Vara de Execuções Penais de Belém irá realizar o mutirão carcerário nos municípios do interior do Estado. O mutirão vai abranger as Comarcas de Breves, Paragominas, Marabá, Tomé-Açu, Tucuruí e Castanhal. O juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Cláudio Rendeiro, explica as vantagens do mutirão carcerário.
SONORA: Juiz Cláudio Rendeiro.
“O mutirão tem uma vantagem muito grande, que é a vantagem de você concentrar no mesmo tempo e no mesmo espaço, os atores que podem resolver aquela situação e que fora do mutirão ele seria muito mais demorado, porque ali você tem juízes, promotor, defensor público, a susipe da o suporte com as certidões carcerárias e com o apoio logístico, então aquilo que você resolveria em seis meses, quatro meses, você consegue resolver em dois dias numa cidade que você vai especificamente para aquilo.”
REPÓRTER: No último dia 25 de março, a 1ª Vara de Execuções Penais realizou durante nove dias, o mutirão na Região Metropolitana de Belém. Mais de duzentas audiências foram realizadas. O mutirão carcerário no interior do estado irá analisar processos de presos sentenciados, progressão de regime, entre outros processos, como destaca o juiz Cláudio Rendeiro.
SONORA: Juiz Cláudio Rendeiro.
“É um mutirão feito só para analisar processos de presos sentenciados, progressão de regime, livramento condicional, aqueles presos que trabalham ou estudam pra gente fazer a remissão que depende de uma decisão judicial, o mutirão carcerário ele já faz parte da rotina da execução penal aqui no estado, na verdade, desde 2010 que a gente já faz esse mutirão carcerário”.
REPÓRTER: No segundo semestre deste ano, o mutirão carcerário vai ocorrer de 03 de agosto a 30 de outubro nas Comarcas de Redenção, Santarém, Itaituba, Altamira, Capanema, Salinas, Bragança, Cametá, Mocajuba e Abaetetuba. O juiz Cláudio Rendeiro destaca o lado positivo dos mutirões carcerários.
SONORA: Juiz Cláudio Rendeiro.
“Eu acho muito positivo a realização do mutirão exatamente por conta da justiça conseguir dar uma resposta mais pronta, mais imediata e mais eficaz diante daquela situação que fora do mutirão seria uma rotina mais demorada.”
REPÓRTER: O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema de Execuções Penais, do Tribunal de Justiça do Pará é coordenado pelo desembargador Ronaldo Valle.
Reportagem, Storni Jr.
