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LOC [JANARY]: Olá, para você que resolveu dar uma Pausa para Saúde. Eu sou Janary Damacena e estou acompanhado pela minha amiga Aline do Valle, juntamente com o nosso áudio design, Fabrício Lázaro. Na conversa de hoje, vamos tratar um pouco sobre a doação de órgãos.
LOC [ALINE]: E você sabe uma das coisas mais incríveis sobre a doação de órgãos, Janary? Que se trata de fazer o bem para uma pessoa desconhecida, mesmo depois que a vida se apagou no corpo de um ente querido. Trata-se de transformar a tristeza por quem se foi, na alegria por quem pode ficar.
LOC [JANARY]: Que bonito isso, Aline! Olha, eu tenho uma experiência bem próxima sobre isso. Meu irmão mais novo passou por dois transplantes, ele precisou receber uma córnea nova para cada olho por causa de uma doença chamada ceratocone. Eu lembro que ele esperou pouco tempo até conseguir, mas isso graças às pessoas que tiveram consciência de que tudo de bom que está no nosso corpo hoje pode ser aproveitado para melhorar a vida de outra pessoa amanhã.
LOC [ALINE]: Verdade, só que não basta apenas a pessoa querer doar os órgãos, é preciso que a família saiba desse desejo e respeite essa decisão. Por isso, que é sempre importante manifestar essa vontade para as pessoas da família. Mas a boa notícia é que os brasileiros estão cada vez mais estimulados a doar os órgãos. A prova disso são os números apresentados pelo Ministério da Saúde sobre 2018. E para falar sobre esses dados estamos aqui no estúdio com a participação especial da Carolina Valadares, da Assessoria de Comunicação.
LOC [CAROL]: Oi pessoal, tudo bom? Então, o Ministério da Saúde divulgou recentemente um balanço sobre a doação de órgãos, tecidos e células, além de transplantes realizados no país. O balanço faz uma comparação entre o primeiro semestre de 2018 e o mesmo período em 2017. O resultado é crescimento de 7% no número de doadores efetivos de órgãos, passando de 1.653 para 1.765. Isso significa que, segundo a projeção, esse aumento na doação de órgãos vai bater recorde nos transplantes de fígado, pulmão e coração até o final de 2018.
LOC [JANARY]: Que legal Carol! Durante a apresentação da campanha de doação deste ano, o material mostrava que o Sistema Único de Saúde está presente com 851 serviços de transplantes habilitados e 1.157 equipes de transplantes espalhadas por todo o país.
LOC [ALINE]: Esse é um número bastante grande... Mas voltando um pouquinho nessa história da Campanha Nacional de Incentivo à Doação, o slogan deste ano ficou bonito hein: “Espalhe amor. Doe Órgãos”.
LOC [CAROL]: Pois é, Aline e o objetivo da campanha é mostrar a importância de se falar mais sobre doação para manter o tema em evidência na sociedade. A campanha está sendo veiculada na TV, rádio, revistas, outdoors, mobiliário urbano, além da internet e redes sociais. A trilha sonora é uma música interpretada pela cantora Kell Smith, que também participou em 2017.
LOC [JANARY]: E sobre essa parceria da Kell Sith para ajudar a mobilizar a população sobre a importância de doar órgãos, nós temos uma entrevista exclusiva feita pela nossa colega Janaina Bolonezi, do Blog da Saúde. Vamos ouvir!
LOC [JANAINA]: Kell, o que você percebeu de mudança entre as duas campanhas do ano passado?
SONORA [KELL SMITH]: “Eu acredito que a diferença da primeira campanha para a de agora é que as coisas evoluíram porque esse é o papel da arte né? A música acabou crescendo mais do que a gente imaginava. Algumas pessoas inclusive atribuem a música como se eu fizesse parte do meu trabalho, do meu álbum. É muito legal isso porque realmente a letra da música tem total conexão com as coisas que eu prego entre aspas nas minhas músicas nas minhas letras então feedback que eu recebo é que se essa arte chegou e me fez mudar algo ali ou conscientizou de alguma forma ou trouxe informação ou trouxe um abraço para quem está no momento passando por isso né perdendo um ente querido e tendo já de tomar essa decisão Como enxergar isso da maneira mais positiva possível porque é positivo né? É fazer com que a vida ela tenha continuidade”.
LOC [JANAINA]: O que a produção cultural, no seu caso a música, pode contribuir para informar e conscientizar a população?
SONORA [KELL SMITH]: “A música, para mim, é um veículo de expressão. Toda e qualquer pessoa que usa a música, usa para influência, por que nada nos toca mais do que a arte. E a música é uma das formas mais conhecidas e mais sentidas de arte mais facilmente sentida né? Você não precisa ter uma linguagem onde o idioma de uma pessoa entenda ou uma linguagem artística musical que a pessoa do mini mas a música vai chegar até ela e vai fazer ela sentir algo então transporte melhor com certeza não existe para se levar uma mensagem do que a música que chega assim todas as classes em todas as pessoas Independente de quem você sente a música Então é muito importante usar desse veículo para falar de algo tão importante eu acredito que passa toda diferença”.
LOC [JANAINA]: Para finalizar, eu gostaria que você comentasse a conexão da sua música mais famosa, chamada “Era uma vez” e que trata de saudade, com as músicas da campanha de doação de órgãos.
SONORA [KELL SMITH]: “O que faz essa ponte a sua conexão é que eu estou falando de realidade eu estou representando algo real né? A gente não pode pensar que apenas falar de amor é real, não é apenas amor né? A gente tem que falar de todos os tipos de sentimentos e de todos os tipos de fases da vida para realmente representar a todos não é a música, ela foi feita para ser atemporal e universal no seu ápice e eu acredito que vá de encontro com que eu espero para minha arte o que eu recebi de arte do Ministério da Saúde me propondo essa campanha vai muito de encontro”.
LOC [ALINE]: A gente já falou sobre a importância da doação de órgãos, falamos sobre a campanha de incentivo, mas ainda não mostramos o ponto de vista de uma pessoa que recebeu um transplante.
LOC [JANARY]: Então essa espera acabou Aline! Estamos aqui no estúdio com o Alexandre Barroso, de 59 anos, e transplantado não uma ou duas, mas três vezes!
LOC [ALINE]: Nossa, Alexandre, deve ter uma grande história aí né?
SONORA [ALEXANDRE]: “Isso quer dizer uma luta intensa imensa de 4 anos por sobrevivência e quer dizer gratidão à todas as pessoas que pensaram em mim, que fizeram atos generosos de doação de órgãos e que me salvou, e isso quer dizer renascimento! Três vezes transplantado é usar um sistema 4 anos internado em hospital, 11 vezes com procedimentos cirúrgicos e vinte e uma vezes entrando em coma encefálico, ou seja um coma cerebral é uma luta requerer busca por sobrevivência e uma má vontade desesperadora de continuar vivo”.
LOC [JANARY]: E todos os transplantes foram por meio do sistema de saúde público?
SONORA [ALEXANDRE]: “É muito gratificante ter vivido a experiência e compartilhar essa experiência, não só com sistema, mas com as equipes com que eu chamo hoje de anjos ocultos. Os anjos trabalharam a meu favor, as orações funcionaram, as equipes médicas se dedicaram, cada motorista, cada piloto de maca trabalhou a meu favor, o sistema funcionou como um todo e tudo isso utilizando o SUS gratuitamente. Muito legal, eu amo o país, eu amo o sistema e se tem uma coisa que funciona nesse país é o Sistema Nacional de transplantes”.
LOC [ALINE]: Antes de começar o programa você estava falando sobre a necessidade de pensar nas famílias que estão doando esses órgãos...
SONORA [ALEXANDRE]: “É porque na verdade é isso, é uma coisa de acolhimento de verdade então eu sou responsável hoje quando falo e Renascimento não só de quem recebeu esse órgão Mas também de quem veio como órgão para dentro da gente a gente, é feito de células nêutrons prótons Então se você for pensar na composição humana ela já é de doação e é interdependência é essa função Quando alguém te dou um órgão eu não sou mais um DNA eu sou dois DNA e quando eu recebo três órgãos nós somos um E aí Isso é respeito com essa família eu carrego comigo mas duas certa forma mas duas pessoas elas renascem de alguma maneira dentro de mim e eu sou responsável por isso então me alimenta o melhor vivo melhor é de verdade eu vivo muito melhor depois dos transplantes e tem uma resposta habilidade de fazer com que essas pessoas que aqui andam comigo sejam mais felizes você quer ideia”
LOC [JANARY]: Alexandre e o que um cara com a sua história de vida tem para deixar de recado para as pessoas que estão ouvindo esse podcast?
SONORA [ALEXANDRE]: “Eu tenho que dizer assim é mais do que do que quase que uma obrigação né porque uma vez externado o desejo de doar você tem que respeitar isso porque é a única chance que aquela pessoa tem de sobrevivência não só aqui acabou de falecer e tem uma chance de continuar de alguma forma, mas principalmente de 40.000 pessoas que estão na fila esperando a uma coisa muito importante é dizer que é a espera é algo absolutamente insano porque você está por um triz eu estava a 7 dias minha carta dizia que em 7 dias eu provavelmente não iria sobreviver à espera de uma doação de órgãos é algo sem tamanho para toda uma família inclusive que tá lá esperando não sabe a sua 8 salva 8 núcleos familiares então é importante saber que quando morre ou quando tem alguém nessa situação está morrendo uma família não é só ele que tá morrendo então pelo amor de Deus se a sua família e na sua família alguém manifestar esse desejo saiba que você pode não só atender ao desejo dessa pessoa mas principalmente salvar um núcleo 8 núcleos familiares por favor fale sobre isso fale sobre doação de órgãos com a sua família”
LOC [ALINE]: Obrigada por compartilhar um pouquinho das suas experiências Alexandre! É uma verdadeira luta que merece ser passada em frente pra estimular a população a doar órgãos. Mas infelizmente está na hora de encerramos essa edição do Pausa para Saúde. Para você que nos ouve, um ótimo restante de semana. E se você quiser ouvir outros programas e acompanhar nosso Podcast de perto é só ficar e olho nas nossas redes sociais. Facebook.com/minsaude e pelo twitter, @minsaude
LOC [JANARY]: E se quiser participar do nosso programa assim como o Felipe e a Fernanda, é só enviar uma mensagem pro nosso WhatsApp pelo telefone (61) 9-9288-9677. Mande em formato dizendo formato de áudio dizendo o seu nome, cidade e estado. Exemplo: Meu nome é Janary Damacena, sou de Brasília, Distrito Federal. E então, fale sua dúvida ou sugestão de tema para o Podcast. Lembrando: nosso telefone é (61) 9-9288-9677.
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