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LOC [ALINE]: Olá para você que resolveu dar uma Pausa Para Saúde. Eu sou Aline do Valle, e o Podcast de hoje vai para as mamães, papais e toda a família que está esperando um novo integrante. Hoje vamos falar sobre parto humanizado, um assunto que com certeza você ouviu ou está ouvindo em muitas conversas. E comigo aqui no estúdio está meu colega, Janary Damacena. Janary, você que é pai deve saber que assuntos de parto rendem bastante durante a gestação, não é?
LOC [JANARY]: E como rendem Aline. E uma coisa que percebi nas duas experiências que já tive, foi que o apoio do companheiro e da família é fundamental. Eu estive ao lado da minha esposa e apoiei todas as suas decisões.
LOC [ALINE]: Então quer dizer que as decisões pelo tipo de parto começam logo o início da gravidez e também durante o pré-natal, certo?
LOC [JANARY]: Isso mesmo. Inclusive, quando a gente vê o conceito de Parto Humanizado dado pelo Ministério da Saúde, percebemos que o atendimento diferenciado deve começar desde o primeiro contato de toda a família, ou mesmo de amigos da gestante.
LOC [ALINE]: Legal. É interessante notar que o Ministério da Saúde considera que durante toda a gestação, a assistência humanizada deve ser aquela que tenha como base o respeito, a dignidade e a autonomia das mulheres, das crianças e de todos os envolvidos.
LOC [JANARY]: Isso mesmo. No Brasil, esse tipo de atendimento teve início no ano 2000, quando foi instituído o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento.
LOC [ALINE]: E desde então, todas as brasileiras têm direito a um “parto personalizado”, por assim dizer. E quem explica mais desse tema direto aqui do estúdio é a enfermeira obstétrica que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Amanda de Vico. Amanda, a gente já viu que a humanização começa cedo, mas e na hora do parto, como a gente classifica o Parto Humanizado?
TEC/SONORA [AMANDA]: Amanda de Vico, enfermeira obstetra que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
’“Um Parto Humanizado envolve diversos aspectos. Ele começa na admissão da mulher. Quando a mulher e seu familiar chegam na maternidade, a equipe que vai recepcionar a mulher e o acompanhante. Já tem que ser uma equipe mais atenciosa que vai promover um acolhimento, que saiba estabelecer uma comunicação com essa mulher...E o tempo todo eles têm que estabelecer essa comunicação. Além disso, deve ser ofertado para mulher métodos não farmacológicos para alívio da dor. Ou seja, estimular que essa mulher caminhe, que ela saia da cama, ou até mesmo ofertar um banho morno”.
LOC [JANARY]: Quem desfrutou de um parto com direito a um banho relaxante foi a dona de casa Ingrid Luz que conversou com a gente por telefone para ficar em casa cuidando do pequeno Bento que neste dia das mães vai completar 52 dias de vida.
LOC [ALINE]: Olha, a gente não viu o Bento, mas só de ouvir já sabemos que ele é uma gracinha, não é, Janary? A Ingrid mora em São Sebastião - que fica a 21 quilômetros da área central de Brasília. Ela já teve uma princesa, a Elisa por parto normal hospitalar. O Bento nasceu em uma Casa de Parto que fica lá em São Sebastião. E aí, Ingrid? Como foram suas experiências?
TEC/SONORA [INGRID]: Ingrid de Almeida Valadares Luz, dona de casa.
“As duas experiências foram muito boas. Mas a do Bento foi bem melhor. Pelo fato de ser um parto humanizado, né? Lá na Casa de Parto, por exemplo, o que eu mais gostei foi porque de certa forma eles ensinam a gente a lidar com o nosso corpo. A gente aprende a respeitar o nosso corpo. Então é tudo dentro do nosso limite. A gente aprende a fazer força na hora correta...Então, depois que o Bento nasceu eu não me senti tão cansada quanto eu me senti da minha filha.. A tranquilidade deles ajuda muito. E meu marido estava comigo. Então foi uma experiência muito boa! Eles fazem massagem, auxiliam a gente em posições...então eles ajudam muito tem questões de banho, opções da banheira tmb...E aí, com esses auxílios deles, essas dicas, o parto acaba sendo até mais rápido.”
LOC [JANARY]: Muito legal, Ingrid. Mas, Aline, vamos explicar para o ouvinte o que é uma Casa de Parto?
LOC [ALINE]: Nada melhor do que aproveitar a presença da nossa ilustre convidada, a enfermeira obstétrica Amanda de Vico. Amanda, é comum ouvir de Casas de Parto, mas também existem os tais Centros de Parto Normal. Dá pra definir o que é cada um?
TEC/SONORA [AMANDA]: Amanda de Vico, enfermeira obstetra que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
“A primeira normativa do Ministério da Saúde que fala sobre o Centro de Parto Normal é de 1999. E essa normativa falava do Centro de Parto Normal Autônomo, que acabou sendo denominado pela comunidade como Casa de Parto. Mas, na verdade é o mesmo ambiente. Centro de Parto Normal e Casa de Parto é o mesmo estabelecimento de saúde. Tem o mesmo propósito de ter um espaço físico planejado pra garantir a privacidade e também um processo de trabalho diferenciado. E com uma equipe profissional centrada no enfermeiro obstetra ou obstetriz.”
LOC [JANARY]: Mas, ainda existe um certo preconceito com relação aos Centros de Parto Normal. A Ingrid mesmo contou pra gente que, no começo, quando ouviu falar de Casa de Parto teve algumas dúvidas.
TEC/SONORA [INGRID]: Ingrid de Almeida Valadares Luz, dona de casa.
“Eu tive medo de caso acontecesse algo mais grave, né? Pelo fato de eles não terem UTI, não terem nada, isso me preocupava. Mas eles têm uma série de critérios e tudo pra poder ter a criança lá e passar uma segurança pra mãe e pro bebê.”
LOC [ALINE]: Mais uma vez, a gente recorre à nossa especialista. Amanda, quais são esses critérios de atendimento nos Centros de Parto Normal?
TEC/SONORA [AMANDA]: Amanda de Vico, enfermeira obstetra que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
“A única observação para atendimento em Centro de Parto Normalé que a gestante seja de baixo risco. Então aquela gestante que seja de alto risco, por exemplo, tem a pressão alterada durante a gestação, tem um diabtes, alguma outra complicação, elas terão que ser assistidas no hospital. Elas podem ter o parto normal, mesmo sendo de alto risco, mas será hospitalar.”
LOC [ALINE]: Agora é aquele momento de tirar algumas dúvidas. Desfazer mitos e aprender ainda mais sobre o Parto Humanizado. A primeira delas vem acompanhada do fato de que em muitos hospitais brasileiros a presença do acompanhante ainda é barrada ou restrita. E aí? A mulher tem direito de reivindicar um acompanhante?
TEC/SONORA [AMANDA]: Amanda de Vico, enfermeira obstetra que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
“Ela tem direito sim. Existe uma lei federal que a Lei 11.108 01 de abril de 2005 que fala sobre a entrada do acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Essa lei fala que o acompanhante é de livre escolha da mulher. Ou seja, pode ser do sexo masculino ou feminino. Porque muitos hospital barram a entrada do homem e ele pode sim tá acompanhando a mulher. Pode ser um adolescente e o hospital não pode exigir que esse acompanhante tenha feito algum curso no pré-natal pra poder entrar. Então, com ou sem curso o esse acompanhante pode entrar. E, no caso de uma cesárea, se por ventura acontecer a cesárea, o acompanhante também pode entrar também no bloco cirúrgico. Então o acompanhante não é exclusividade somente de mulheres que tenham parto normal. E se o acompanhante não conseguir entrar, ele pode ir na Ouvidoria do hospital ou até mesmo na ouvidoria do SUS para fazer a reclamação”.
LOC [ALINE]: Então, atenção mamães que estão quase em trabalho de parto ou, quem sabe estejam a caminho do hospital agora: ter o acompanhante do seu lado faz parte da humanização do parto.
LOC [JANARY]: E aproveitando que vocês estão atentas, vamos trazer três frases que geralmente são ditas em rodas de conversa quando o assunto é Parto Humanizado. E a Amanda vai nos dizer se são mito ou verdade. A primeira frase é: "Só é humanizado parto feito fora do hospital". E aí, Amanda, mito ou verdade?
TEC/SONORA [AMANDA]: Amanda de Vico, enfermeira obstetra que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
“É Mito. Mesmo o parto hospitalar ele pode ser humanizado, desde que observadas essas condições que eu já falei: uma equipe que consiga estabelecer uma boa comunicação, que ofereça a oportunidade dessa paciente estar fazendo exercício, caminhar, tomar um banho; respeito à entrada do acompanhante, ao acompanhante e às vontades da mulher. Então, se tudo isso acontece dentro de um hospital o parto é humanizado. Mesmo em uma cesareana”.
LOC [ALINE]: Próxima frase: "Se tem anestesia, não é humanizado".
“Mito também. A anestesia ajuda àquelas mulheres que querem o parto normal mas que sentem muita dor. O limiar de dor de cada mulher é diferente. Então, tem algumas mulheres que sentem muita dor, outras nem tanto. Então para aquelas mulheres que desejam um parto normal, podem sim fazer uma anestesia que o parto não vai deixar de ser humanizado.”
TEC/SONORA [AMANDA]: Amanda de Vico, enfermeira obstetra que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
LOC [JANARY]: E pra fechar: "Se é feito por médico, não é humanizado". Mito ou verdade?
TEC/SONORA [AMANDA]: Amanda de Vico, enfermeira obstetra que trabalha na coordenação geral de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.
“Mito também. Existem muitos profissionais médicos que respeitam às vontades da mulher. Que conseguem conduzir um trabalho de parto de acordo com a fisiologia do organismo da mulher. Então eles também conseguem fazer um trabalho de parto humanizado”.
LOC [ALINE]: Ainda bem que nada disso é verdade e que as gestantes, o bebê e a família estarão muito bem assessorados. Muito obrigada Amanda e Ingrid. E a você obrigada pela companhia. E caso você tenha ficado com alguma dúvida, basta entrar em contato conosco através do site saude.gov.br ou pelas nossas redes sociais: Facebook.com/Minsaude e pelo Twitter @minsaude.
LOC [JANARY]: E você também pode enviar sugestões de temas e perguntas para o nosso Podcast por meio do WhastApp. O telefone é: (61) 99288-9677.
LOC [ALINE]: E na hora de mandar sua pergunta ou sugestão de tema pelo WhatsApp, mande em formato de áudio dizendo o seu nome, cidade e estado. Por exemplo: meu nome é Aline do Valle, sou de Brasília, Distrito Federal. E, então, fale sua dúvida ou sugestão de tema para o Podcast.
LOC [JANARY]:Lembrando que o nosso WhatsApp é (61) 99288-9677.
LOC [ALINE]: É isso aí. Um grande abraço e um feliz Dia das Mães!
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