PARÁ (PA): Alenquer, Belterra, Óbidos, Terra Santa, Curuá e Santarém estão com vacinação baixa contra HPV

Meninas entre 11 e 13 anos devem ir aos postos de saúde para tomar segunda dose da vacina contra HPV

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REPÓRTER: O estado do Pará vacinou até o momento, 33 por cento das meninas de 11 a 13 anos, com a segunda dose da vacina contra o HPV. O vírus é o principal causador do câncer do colo do útero. Os municípios de Alenquer, Belterra, Óbidos, Terra Santa, Curuá e Santarém, cidades que formam a nona regional de saúde, estão com baixa procura pela vacina. A meta do ministério da Saúde é proteger, no mínimo 75, por cento das adolescentes brasileiras entre 11 e 13 anos. Pesquisa feita pelo Instituto Nacional do Câncer, indica que durante este ano, em todo estado do Pará, quase mil mulheres devem descobrir que estão com câncer do colo do útero. Para o diretor de Imunização, de Santarém, João Alfredo Pereira, falta conhecimento por parte dos pais sobre a gravidade da doença. Ele faz um alerta para que as adolescentes não desistam do tratamento.

SONORA: João Alfredo Pereira, diretor de vacinação
 

"Que todo pai e toda mãe leve sua filha enquanto há tempo. 11,12 e 13 anos porque depois ela não vai mais poder tomar. Não perca essa oportunidade, isso é um benefício. A melhor forma de se prevenir doença é através dos imunes-biológicos, de vacina. Quem tiver dúvida que procure ler sobre HPV. A vacina é segura. O Ministério da Saúde não ia colocar um produto como experiência no mercado, o Ministério já põe as coisas quando tem pesquisa. Essa vacina foi cara, o custo que custou pro Ministério. Então que cada pai e cada mãe não perca essa oportunidade e leve a sua filha em  um posto de vacina."

REPÓRTER: A vacina contra o HPV é aplicada em três doses e pode ser tomada no posto de saúde mais próximo. Para a diretora de Vigilância em Saúde, do município de Óbidos, Nayara Pedrozo, o fato da segunda dose da vacina contra o HPV não ser aplicada na escola dificulta o cumprimento da meta de imunização. Ela faz um apelo aos pais que ainda não entenderam a importância da prevenção.
 
SONORA: Nayara Pedrozo, diretora de vigilância em saúde
 

“É uma oportunidade que você, pai ou responsável, tem de dar à sua filha a vacina, para que futuramente ela não tenha o câncer de colo do útero, que é uma doença que pode levar até à morte. Tem consequências na família, não só emocional, o tratamento. Então quem já tomou a primeira dose, ou até mesmo quem não levou sua filha para tomar a primeira dose, leve para tomar a segunda dose, para que sua filha não venha  a ter futuramente o câncer de colo do útero”

REPÓRTER: A campanha de vacinação contra o HPV pretende imunizar cerca de cinco milhões de meninas entre 11 e 13 anos, em todo país. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirma que, a vacina é segura e eficaz para proteger a próxima geração de mulheres contra o câncer do colo do útero. Ele lembra que, as doses seguem um padrão internacional e tranquiliza as famílias.
 
SONORA: secretário de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos, do ministério da Saúde, Jarbas Barbosa
 

“A análise dessas mais de seis milhões de doses aplicadas até o momento demonstram claramente que a vacina no Brasil segue o padrão internacional de segurança sem nenhum tipo de evento adverso inesperado, desconhecido ou grave, que não possa ser explicado por outra causa ter sido observado em nosso país. Então a vacina é absolutamente segura, recomendada pela organização de saúde, e precisamos lembrar que antes de ser oferecida

REPÓRTER: Outra medida importante na prevenção contra o câncer do colo do útero é a realização do exame papanicolau. Para imunizar as meninas que moram nas cidades de Alenquer, Belterra, Óbidos, Terra Santa, Curuá e Santarém, adolescentes de 11 a 13 anos precisam tomar a segunda dose que previne o câncer do colo do útero no posto de saúde mais próximo. É preciso levar o cartão de vacina ou a identidade da adolescente.
 
Reportagem, Rodrigo Santos

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