Data de publicação: 08 de Setembro de 2017, 16:46h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
A semana foi movimentada para a política brasileira. Na manhã dessa sexta-feira (8), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foi preso ao deixar o Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, com destino a Brasília. O ex-ministro foi preso preventivamente depois de ser encontrado, no início dessa semana, um suposto “bunker” utilizado por ele com 51 milhões de reais. O pedido de prisão foi apresentado pela Política Federal e endossado pelo Ministério Público Federal. Segundo a investigação, o pedido é para evitar o risco de destruição de provas para a solução do caso. A defesa de Geddel avisou que só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo.
Também nessa semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu anular os benefícios concedidos a Joesley Batista e Ricardo Saud, após ouvir áudios em que os executivos da JBS falam da negociação da própria delação. Janot deve pedir a Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão dos executivos e a decisão deve ser tomada na semana que vem pelo ministro Edson Fachin. O áudio foi revelado na última terça-feira (5) e o conteúdo acabou atingindo a alta cúpula do Judiciário. A discussão também gira em torno do aproveitamento ou não de todas as provas apresentadas até agora pelos dois delatores. A maioria é contrária à anulação de todas as provas, o que indica que a investigação que já corre contra o presidente Michel Temer, por exemplo, poderia continuar tramitando normalmente.
E o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci, preso desde o ano passado pela Operação Lava-Jato, afirmou que o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva tem “pacto de sangue” com a Odebrecht, acusando o petista de ter recebido 13 milhões de reais em propina da empreiteira. Entre as acusações, Palocci garantiu que a Odebrecht comprou um prédio que serviu de sede para o Instituto Lula, no valor de mais de 12 milhões de reais, além de ter financiado obras no sítio do ex-presidente. Segundo ele, isso fazia parte do, abra aspas, pacote de propinas, fecha aspas, da Odebrecht para Lula. O ex-presidente também é acusado de obstrução da Lava-Jato, junto com Dilma Rousseff e outros membros da alta cúpula do Partido dos Trabalhadores.
De Brasília, Jalila Arabi.
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