Data de publicação: 24 de Novembro de 2015, 03:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG).
LOC: Eliana Margarida Xavier é enfermeira e mora há 20 anos em Uberlândia, cidade do triângulo mineiro. A profissional lida todos os dias com pessoas doentes e conhece a realidade de sofrimento e dor de mulheres que tratam o câncer do colo do útero. Por isso, Eliana não perdeu tempo e assim que a vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, foi disponibilizada pelo Ministério da Saúde levou a filha de 10 anos para tomar as doses. A enfermeira lembra que o HPV é o causador de muitas doenças graves, como o câncer do colo do útero, e manda um recado para as mães que ainda não levaram as filhas para tomar a vacina.
TEC: Eliana Margarida Xavier, Enfermeira e mãe.
“Elas tem que orientar suas filhas a tomarem esta vacina o quanto antes, porque a vacina, a eficácia dela a partir dos nove anos assim pelos estudos, tem uma eficácia maior. É uma vacina que foi disponibilizada pelo governo, que é uma vacina cara e é uma vacina que previne o câncer do colo do útero. Então elas têm que levar sim as filhas delas para que futuramente prevenir essa doença. Na nossa época a gente não teve essa oportunidade, mas agora tem a oportunidade e todas as mães levem suas filhas para fazer essa vacina.”
LOC: A filha de Eliana, Ana Carolina Xavier tem apenas 10 anos e já sabe da importância da prevenção. A estudante contou que teve medo de tomar a vacina contra o HPV, por conta de informações na televisão e internet, mas que na hora de tomar a dose não sentiu reação alguma.
TEC: Ana Carolina Xavier Mariano, estudante.
“A vacina contra o HPV, quando eu fui tomar, eu estava com um pouco de medo, insegura, mas quando eu tomei é uma dor suportável, não dói não. Doer dói só um pouquinho na hora da picada. É bom prevenir para quando tiver maior não ter este câncer do colo do útero que é bem sério.”
LOC: Em todo estado de Minas, aproximadamente 250 mil adolescentes tomaram a primeira dose da vacina neste ano. A meta da secretaria de saúde estadual, nesta segunda fase da mobilização, é chegar a cerca de 480 mil jovens vacinadas. A intenção é melhorar os índices em cidades que tiveram baixa cobertura da vacina contra o HPV até agora. Na primeira etapa da ação, cento e quarenta e seis cidades mineiras registraram taxas de vacinação inferiores aos 30% de garotas da faixa etária vacinadas com a primeira dose. A maioria desses municípios está situada na Zona da Mata, como Chiador, Pirapetinga, Cataguases e Alto Rio Doce, e nos vales do Rio Doce e Mucuri, como Nanuque, Ataléia, Mutum, Inhapim, Galiléia e Caraí, além da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A coordenadora de imunização de Minas Gerais, Tânia Brant, afirma que a melhor forma de aplicar as vacinas é indo até as adolescentes. A coordenadora destaca que os municípios estão tomando medidas para alcançar a meta de vacinação do ano passado.
TEC: Tânia Brant, coordenadora de imunização da secretaria de saúde estadual de Minas Gerais.
“A forma melhor de alcançar essas meninas é indo onde elas estão e elas normalmente nesta faixa etária estão nas escolas. Porque se ficar parado esperando que elas procurem a unidade de saúde é mais difícil, porque é mais difícil vacinar essa faixa etária, então é ir até onde elas estão. Alguns municípios estão tendo problemas com as escolas para entrar para vacinar essas crianças, então isso varia no estado como um todo, mas a orientação é ir atrás dessas meninas onde elas estão.”
LOC: A vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras. Ela foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da saúde é de que até o final do ano, 80% das meninas com idade entre 9 e 11 estejam vacinadas. Se você é mãe, pai ou responsável por menina nesta idade, leve-a a uma Unidade de Saúde e leve junto o cartão de vacinação. A vacina é o único meio de garantir a proteção contra o HPV pelo resto da vida. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).
