Data de publicação: 18 de Março de 2017, 02:00h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: A partir de agora, apenas quem estiver se vacinado contra a febre amarela poderá entrar no Parque Nacional do Caparaó, localizado na divisa de Minas Gerais e Espírito Santo. Durante 20 dias, o local ficou fechado e, atualmente, só pode ser visitado se a pessoa tiver tomado a vacina contra a doença. A determinação é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICM-Bio, que gerencia todas as unidades de conservação federais. O parque abrange quatro municípios no lado mineiro: Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá e Espera Feliz. O seu fechamento se deu para resguardar a saúde dos visitantes, já que foram encontrados macacos mortos na região com o vírus da doença, como explica o Diretor de Criação e Manejo de Unidade de Conservação do ICM-Bio, Paulo Carneiro.
TEC./SONORA: Paulo Carneiro, diretor de Criação e Manejo de Unidade de Conservação do ICM-Bio.
“No Parque Nacional do Caparaó foram encontrados espécies de macacos, principalmente o Guariba, que é o sentinela para a febre amarela; eles foram encontrados mortos e duas das carcaças deram positivas para o vírus da febre amarela. E, em função deste ocorrido, foi feito uma reavaliação e se concluiu que o vírus ainda estava circulante, então, a proposta foi a manutenção do fechamento do parque”.
LOC.: Mas, depois desta determinação, foi decidido que o parque pode receber visitantes, se for comprovado que eles foram vacinados, como explica Paulo Carneiro.
TEC./SONORA: Paulo Carneiro, diretor de Criação e Manejo de Unidade de Conservação do ICM-Bio.
“As prefeituras locais estão oferecendo ajuda para o ICM-Bio no sentido de apoiarem o controle do acesso à área só de visitantes imunizados, se ela tomou a vacina a mais de 10 dias, se ela tem as duas doses válidas, que precisa para ser imunizado. Então a pessoa tem que lembrar que indo em uma unidade dessa, ela tem que levar a carteira de vacinação dela, que vai ser analisado lá na entrada.”
LOC.: Minas Gerais lidera o ranking de casos confirmados de febre amarela em todo o país, sendo que já foram confirmados 249 casos, com 84 mortes, em 44 municípios mineiros. Esta é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquito. O Gerente da Unidade Técnica de Vigilância de Doenças e Transmissão Vetorial, dentro da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Renato Vieira, fala um pouco mais sobre a expansão do vírus para outras regiões.
TEC./SONORA: Renato Vieira, gerente da Unidade Técnica de Vigilância de Doenças e Transmissão Vetorial dentro da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
“A febre amarela é endêmica, como a gente chama, ou seja, em uma ocorrência natural, principalmente na região amazônica do país. E de tempos em tempos, há uma expansão da circulação do vírus para outras regiões, como está acontecendo agora. A doença é mantida neste ciclo silvestre, dentro das matas, no que a gente chama de reservatórios silvestres, que são os macacos que também adoecem, morrem também da doença, mas mantém este vírus em um ambiente silvestre e a partir desta circulação silvestre a doença se expande para áreas diferentes”.
LOC.: Apenas neste ano, mais de 100 pessoas já morreram por conta da febre amarela em todo país e é importante destacar que a única forma de evitar a doença é através da vacina. Caso você tenha perdido o cartão de vacinação, procure o serviço de saúde que costuma frequentar e resgate o seu histórico. Se não for possível, a recomendação é iniciar o esquema normalmente. Lembrando que é de extrema importância informar ao médico sua situação de saúde, para verificar se há alguma contraindicação. Para saber mais sobre o assunto, acesse: www.saude.gov.br.
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