REPÓRTER: A campanha de vacinação contra o HPV alcançou 166 meninas, entre 11 e 13 anos, na cidade de Mercês. Isso representa 63 por cento das adolescentes vacinadas. O objetivo do ministério da Saúde é alcançar, no mínimo, 75 por cento. O vírus HPV se, não prevenido, pode evoluir para o câncer do colo do útero. De acordo com o ginecologista, Olímpio Ferreira de Almeida, do Instituto Nacional do Câncer, dependendo do estágio da doença, em alguns casos, a mulher pode ter poucos meses de vida. Ele cita o exemplo de países que colocaram a vacina contra o HPV no calendário de imunização.
SONORA: Médico, Olímpio Ferreira de Almeida
“Nos países desenvolvidos não se fazia no primeiro momento o papanicolau, a incidência do câncer era de 14 por cada 100 mil, 10 por cada 100 mil, quando começou a ser aplicada, mas no sistema organizado, eles reduziram a incidência do câncer do colo do útero de quatro a cinco, para cada 100 mil mulheres, então, já reduziu bastante só com o papanicolau, agora com a vacina vai reduzir praticamente a zero.”
REPÓRTER: As unidades de saúde da cidade de Mercês ainda tem disponível quase 60 por cento das doses da vacina contra o HPV. A intenção do ministério da Saúde é erradicar o vírus no país. O epidemiologista do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, explica porque as adolescentes precisam ser vacinadas.
SONORA: Epidemiologista, Jarbas Barbosa
“Essa geração que está sendo vacinada contra o HPV, combinando a vacina contra o HPV com o exame Papanicolau a partir dos 25 anos, pode ser a primeira geração livre de morte por câncer de colo do útero. Por isso as famílias não podem perder essa oportunidade, e não devem dar ouvidos a boatos de redes sociais a boatos que não tem nem comprovação no Brasil ou em qualquer lugar do mundo.”
REPÓRTER: O calendário com os intervalos da vacina que previne o câncer do colo do útero deve ser obedecido. A imunização pode ser feita na unidade de saúde da Rua Carangola, no centro de Mercês. As meninas de nove e dez anos já podem tomar a primeira dose da vacina contra o HPV.
Reportagem, Rodrigo Santos
