Data de publicação: 27 de Novembro de 2015, 09:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG).
LOC: As quatro maiores cidades maranhenses estão mobilizadas para ampliar a aplicação da segunda dose da 9 e 11 anos. A infecção pelo vírus é a principal causadora do câncer do colo do útero, doença responsável por mais de cinco mil mortes de mulheres por ano vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, em meninas com idades entre no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o INCA. A intenção das secretarias municipais é superar as baixas coberturas vacinais registradas na primeira fase da ação, que teve início em março deste ano. Timon – a quarta maior população do estado – é uma das cidades que precisam melhorar os números da vacinação contra o HPV. A cidade tem 28 postos na área urbana e 11 na rural e protegeu apenas 27 por cento das meninas, na primeira etapa da mobilização. A coordenadora de Imunização do município de Timon, Itelmária Escórcio, explica que para reverter a baixa procura pela vacina, os agentes vão vacinar as meninas nas escolas e o hospital do Parque Alvorada espera pelas garotas, inclusive, aos finais de semana.
TEC: Coordenadora de Imunização de Timon, Itelmária Escórcio.
“A equipe da estratégia e saúde da família no município de Timon no Maranhão vão continuar levando a vacinação para as escolas, tanto as escolas municipais como as estaduais tanto escolas privadas, e além disso a vacina está disponível todos os dias da semana em 27 salas de vacina e nos finais estamos também com a vacina disponível no hospital e pronto socorro municipal da cidade. Então a vacina está disponível. Eu gostaria de agradecer mais uma vez aqui a oportunidade e pedir realmente que as adolescentes e os pais procurem uma unidade para realizar essa vacinação, que a vacina é a maneira mais eficaz que nós temos de proteger contra essa doença que é grave e que realmente mata.”
LOC: Outra cidade que trabalha para reverter as baixas coberturas vacinais é São José de Ribamar. No município, que conta com 30 Unidades Básicas de Saúde, apenas 55 por cento das jovens da faixa etária tomaram a primeira dose. Já São Luis, na primeira fase da vacinação, a cobertura atingiu apenas 33 por cento das meninas entre 9 e 11 anos. Na capital, a vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente nas 60 Unidades Básicas de Saúde do SUS ou em escolas parceiras.
TEC: Sobe e desce trilha (BG).
TEC: Já Imperatriz, segunda cidade mais populosa do estado, os números estão entre os melhores índices alcançados no país, com 80 por cento de cobertura na primeira fase da campanha, alcançando a meta de garotas vacinadas determinada pelo Ministério e Secretaria de Saúde. Por isso, é importante que as meninas que tomaram a primeira dose da vacina retornem agora aos postos de saúde para tomar a segunda, como explica a coordenadora de Imunização do município de Imperatriz, Socorro Ribeiro.
TEC: Coordenadora de Imunização de Imperatriz, Socorro Ribeiro.
“Tem alguns municípios que estão com a cobertura um pouco menor, porque a nossa fica em 100, 90 por centro, devido a essa quantitativo de fora também que a gente vacina. Mas a gente vacina bem. Agora nós estamos fazendo uma nova chamada, já iniciamos agora em setembro a dose dois que vacinou esse ano, já estamos fazendo a dose dois estamos com quase 2 mil doses aplicadas em relação a primeira dose que foi de 4 mil no mês de março, aplicadas. Então está encaminhando, as equipes estão nas escolas fazendo vacinação de manhã e de tarde nas adolescentes que a gente está fazendo essa busca vacinando e também nas unidades”.
TEC: Sobe e Descetrilha (BG).
LOC: Francisca Lidiana Galvão tem 39 anos de idade e é da cidade de Imperatriz. Ela descobriu o câncer de colo de útero em dezembro do ano passado, foi submetida a sessões de radioterapia, quimioterapia e braquioterapia tudo ao mesmo tempo para o tratamento da doença. Agora, ela aguarda o retorno com o médico para ter o pedido de novos exames e assim ter uma avaliação do seu caso. Francisca estimula os pais a levarem as crianças para vacinar contra o HPV que previne o câncer que teve.
TEC: Francisca Lidiana Galvão, personagem.
“Hoje eu tenho 39 anos, se na época se eu tivesse essa idade, tivesse essa vacina, eu creio que muitas coisas não aconteceriam, mas isso é importante essa vacina para que a pessoa na frente não venha a passar por aquilo que muitos estão passando hoje. Não só a pessoa, mas sim os pais. Os pais são os primeiros a ter essa consciência de poder ajudar os filhos a manter essa prevenção. Por que? Porque isso é muito gratificante essa vacina. Outra coisa, o apoio da família. Isso é o mais importante e o que nos mantém em pé. Então, que os pais venham estar conscientizando seus filhos, até indo com eles, porque isso é para o bem deles mesmo próprio, dos pais.”
TEC: Sobe e desce trilha (BG).
LOC: Para ter uma noção do risco da doença, o médico Gustavo Iglesias explica a relação do vírus HPV com o câncer do colo do útero.
TEC: Gustavo Iglesias, oncologista do Inca.
“Vou colocar de uma maneira simples, porque eu acho que todo mundo conhece a relação do cigarro com o câncer de pulmão, todo mundo sabe que quem fuma pode ter câncer de pulmão. A relação da infecção pelo HPV com o câncer de colo uterino é ainda mais forte do ponto de vista estatístico. Se nós pudéssemos, teoricamente, extinguir de forma total e completa a infecção pelo HPV, nós provavelmente extinguiríamos também a incidência do câncer de colo do útero. Se tornaria uma doença raríssima absolutamente excepcional.”
TEC: Sobe e desce trilha (BG).
LOC: A vacina contra o HPV foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet,
www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Encerra trilha (BG).
