MARANHÃO: Boatos impedem que a maioria das meninas entre 11 e 13 anos tomem a segunda dose da vacina contra o HPV nos municípios d

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REPÓRTER: Boatos de que a da vacina contra o HPV causa efeitos colaterais graves têm dificultado a aplicação da segunda dose desde o ano passado. Os municípios de Bacabal, Icatu e Timon, não conseguiram, até o momento, alcançar a meta do ministério da Saúde que é imunizar pelo menos 75 por cento das adolescentes de 11 a 13 anos. Juntas, as três cidades atingiram apenas 38 por cento. O vírus HPV é o principal causador do câncer do colo do útero. O enfermeiro da cidade de Icatu, Nivaldo Martins, diz que é necessário que os pais entendam a importância da vacina.
 
SONORA: NIVALDO MARTINS, Enfermeiro
 
“O público infanto-juvenil , a qual a vacina é direcionada, elas não tem resistência. A resistência vem da família, entendeu? Então a gente começou a sensibilizar os pais e responsáveis dessas meninas desse público infanto-juvenil , na tentativa desse pai começar a dizer pra essa jovem que a gente precisa que ela se vacinasse, então a gente percebeu que a resistência não era do grupo infanto-juvenil, mas sim dos próprios pais que as aconselhavam a não tomar a vacina.” 
 
REPÓRTER: Dados do Instituto Nacional do Câncer indicam que, somente este ano, quase 900 mulheres vão descobrir que têm câncer no colo do útero, em todo do estado do Maranhão. A coordenadora de imunização de Bacabal, Samantha Sandro destaca que não existem casos de efeitos colaterais no município.
 
SONORA: Samantha Sandro, coordenadora de imunização
 
“Em relação a segunda dose, o município não realizou nenhum evento adverso. Então isso é de importância pro município, então não tem pra quê a população ficar receosa, com medo de fazer a vacina.”
 
REPÓRTER: O estado do Maranhão está com 59  por cento de meninas vacinadas com a segunda dose contra o HPV. O secretário de ciência, tecnologia e insumos estratégicos do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, assegura a eficiência da vacina 
 
SONORA: Jarbas Barbosa
 
 “Essa vacina é uma vacina segura. Hoje em dia é utilizada em mais de 100 países no mundo. Pequenas reações que existem são esperadas. São leves, a grande maioria. Uma dor no local. Tem menina, pela própria faixa etária. Vacinando em escola, uma fila grande... a ansiedade. Uma outra menina teve um desmaio, coisa leve também, que é absolutamente esperado. Ou reações alérgicas que podem ocorrer com qualquer tipo de remédio, qualquer tipo de injeção, ou mesmo qualquer tipo de alimento.”
 
REPÓRTER: A vacina contra o HPV deve ser tomada em três doses. A segunda, seis meses após a primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira. Somente com as três doses a adolescente vai estar imune ao vírus HPV. Meninas entre 11 e 13 anos dos municípios de Bacabal, Lago Verde, Timon, Satumbinha, Icatu e Timbiras devem procurar o posto de saúde mais próximo e tomar a  segunda  dose da vacina que previne o câncer do colo do útero. Basta levar o cartão de vacina ou documento de identidade da adolescente.
 
Reportagem, Sara Rodrigues

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