MARANHÃO: 215 mil meninas de 9 a 11 anos devem tomar a segunda dose da vacina contra vírus HPV

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TEC: Trilha (BG).
 
LOC: Unidades Básicas de Saúde do SUS e escolas maranhenses estão em mobilização para a aplicação da segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o HPV, em meninas de 9 a 11 anos. A meta do Ministério da Saúde, da secretaria estadual e das secretarias municipais de saúde é a de vacinar 215 mil jovens desta faixa etária ainda neste ano. No entanto, no estado, apenas 41,24% das jovens receberam a primeira dose. Setenta e sete das 217 cidades maranhenses registraram taxa de cobertura abaixo de 31% de na primeira etapa da mobilização. Algumas dessas localidades estão concentradas nas regiões Norte, como a capital São Luís, Alcântara, Santa Helena e Pedro do Rosário. Já na região Sul, estão nesta faixa Tasso Fragoso, Mirador, Montes Altos e Benedito Leite, entre outras. Segundo a Secretaria de Saúde estadual, até outubro, somente 8,62% das jovens voltaram para tomar a segunda dose. Para Helena Almeida, chefe do departamento de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Estado de Saúde, os baixos índices de vacinação estão relacionados à dificuldade que as meninas e adolescentes têm de ir às unidades de saúde. Helena Almeida também relata que muitos municípios não deram continuidade na integração entre saúde e escola.
 
TEC: Helena Almeida, chefe do departamento de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Saúde do Maranhão.
“Um deles foi o envolvimento dos municípios com a educação. Faltou maior envolvimento dos municípios das gestões municipais com educação como foi feito na primeira dose. Houve também a questão dos eventos adversos, muita gente ficou, alguns contra a vacina HPV que ficou disseminando na mídia e a gente tem tentado derrubar isso aí.”
 
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
 
LOC: A vacina contra o HPV previne futuros casos de câncer de colo de útero entre as mulheres. Isso porque a infecção pelo vírus está diretamente relacionada ao surgimento desse tipo de câncer, segundo o Ministério da Saúde. Leidiane Feitosa da Silva é da cidade de Balsas e com apenas 29 anos já teve o câncer. A moça estava no final do curso de gestão comercial, era líder de turma e fazia parte da comissão de formatura, quando em um exame de rotina o diagnóstico veio diferente no normal. O exame foi mandado para outra cidade e ela conta que ficou ansiosa.
 
TEC: Leidiane Feitosa da Silva, moradora de Balsas (MA).
 
“Eu esperei 40 dias para receber o resultado dessa biopsia para saber qual era o diagnóstico. Durante esse tempo eu sofri por antecedência, mas mesmo assim eu nunca imaginei que ela fosse me dar um diagnóstico de câncer.”
 
LOC: Leidiane teve que ficar na casa da sogra, em Campestre do Maranhão, para ficar mais perto de Imperatriz, onde fez o tratamento. A moça descobriu o caso em dezembro. No mês de maio já começou o tratamento e terminou em julho desse ano. Teve que fazer radioterapia, quimioterapia e braquiterapia. Devido aos procedimentos que foi submetida, Leidiane não poderá realizar seu maior sonho: ser mãe. Ela ainda está em casa em recuperação e não quer que ninguém passe pelas mesmas dificuldades em relação à doença.
 
TEC: Leidiane Feitosa da Silva, moradora de Balsas (MA).
 
“O que eu tenho a dizer sobre isso é que as mães abrem mais a cabeça, levem suas filhas para vacinar, não só uma dose, faça todas as doses, bonitinho, do jeito que tem as campanhas, você vai lá leva sua filha. É muito importante porque no futuro você pode tá prevenindo ela de uma doença muito difícil, de uma doença que pode tirar os sonhos dela como tirou os meus que foi de eu ter filho. Tirou o meu sonho de ter filho. Pela medicina eu não posso ter filho pelo tratamento que eu fiz.”
 
TEC: Trilha Sobe Desce (BG).
 
LOC: O ginecologista maranhense Leandro Resende acredita que a vacina é um método que está mudando o curso dessa doença no Brasil e também no mundo.
 
TEC: Leandro Resende, ginecologista.
 
“É uma vacina que realmente vai mudar muito a historia da infecção do HPV e que se tiver uma cobertura grande da população realmente daqui 20 ou 30 anos, nos vamos ter um número muito menor de mortes causadas pela doença do que temos hoje.”

 

 LOC:  A vacina contra o HPV foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. A criança ou a adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. Quem recebeu a primeira dose deve receber agora a segunda dose, administrada seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose. A meta do Ministério da Saúde e da secretaria estadual de saúde vacinar 80% das 89 mil meninas com idade entre 9 e 11 no Piauí. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV em uma unidade de saúde mais próxima de sua casa e no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.

TEC: Encerra trilha (BG).

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