Data de publicação: 23 de Fevereiro de 2017, 07:20h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: Os moradores de Ladainha não podem baixar a guarda quando se trata da vacinação contra a febre amarela. Até a última o último final de semana, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais já havia confirmado 27 casos da doença na cidade e 12 mortes. Para que esses números não sejam ainda maiores, é importante lembrar que a única forma de evitar a febre amarela é através da vacinação. A cuidadora de idosos Celeste Ribeiro mora em Peixe Cru, mas todos os dias vai trabalhar em Ladainha. Ela trabalha no Centro e percebeu que moradores ficaram muito preocupados por causa das mortes registradas na cidade. Tanto que, em janeiro, Celeste não pensou duas vezes e foi tomar a segunda dose da vacina contra a febre amarela. Há mais de dez anos ela havia tomado a primeira dose e não quis dar chances para o mosquito. Na opinião de Celeste, a vacinação é muito importante para controlar o número de casos da doença.
TEC./SONORA: Celeste Ribeiro, cuidadora de idosos.
“Eu acho que é importante porque abate mais, não é? A gente fica com medo, e eles ficam avisando e falando que a gente tem que tomar a vacina. E a gente fica com medo, mas abate. Então quando o mosquito chegar e picar a gente, em nome de Jesus, já vai estar abatido o problema.”
LOC.: E Celeste não está preocupada apenas com sua própria saúde. Ela tem quatro filhos que moram em São Paulo e já deixou claro para eles que, no dia que forem visitar a mãe, já precisam ter tomado a vacina contra a doença.
TEC./SONORA: Celeste Ribeiro, cuidadora de idosos.
“Eu já avisei para eles que se eles vierem aqui para Minas, porque eles estão querendo vir aqui, para eles me avisarem, porque tem que tomar a vacina para vir para cá. Porque ainda está contaminado. Sempre estão falando nas rádios, no jornal... Aí eu falei para eles que, quando eles vierem em Minas, é para tomar a vacina.”
LOC.: A recomendação do Ministério da Saúde é que as crianças recebam a vacina aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, ela já fica protegida para o resto da vida. Se a pessoa não tomou as doses quando era criança, pode procurar uma unidade de saúde mais próxima da sua casa para ser imunizada. Nesses casos, o reforço da vacina deve acontecer dez anos depois da primeira dose. O subsecretário de vigilância e proteção à saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Rodrigo Said, lembra que a vacina contra a febre amarela já está prevista no calendário de vacinação.
TEC./SONORA: Rodrigo Said, subsecretário de vigilância e proteção à saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
“É importante destacar que a vacina da febre amarela já era uma vacina prevista no calendário nacional. Devido à ocorrência dos casos, houve um ‘boom’, uma procura imediata pela vacinação. Muita gente, inclusive na fila, pode ter as duas doses previstas, e estão procurando por um reforço. É importante destacar que não há necessidade desse reforço a partir do momento em que essa pessoa já tem as duas doses dessa vacina.”
LOC.: A febre amarela é classificada em silvestre ou urbana. Nos dois casos, o vírus transmitido é o mesmo. A única diferença entre elas é o mosquito que faz a transmissão. No caso da doença urbana, o mesmo mosquito que transmite a Dengue, o Zika e a Chikungunya também pode transmitir a febre amarela. Por isso, além de tomar a vacina, você também deve ter cuidado com acúmulos de água parada para evitar que o mosquito urbano nasça. Apesar de o Brasil não registrar casos de febre amarela urbana desde os anos 40, essa atitude preventiva ajuda a combater outras doenças. É o que lembra o secretário de saúde de Ladainha, Fábio Peres.
TEC./SONORA: Fábio Peres, secretário de saúde de Ladainha (MG).
“Fizemos diversas orientações, quanto à população urbana referente ao cuidado com suas residências, o cuidado com seus quintais e lotes para evitarmos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Sabendo que ele também pode ser um vetor da febre amarela, se caso, ela viesse a chegar ao meio urbano. Então, toda a população foi orientada quanto à prevenção e proteção em relação a febre amarela."
LOC.: De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, houve a ampliação da disponibilidade de exames na região de Ladainha para garantir a cobertura do atendimento 24 horas. Por isso, fique atento. Se você tiver febre alta de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, náuseas e vômitos, além de fraqueza e muito cansaço, é importante procurar um médico. Nos casos mais graves, a pessoa infectada pode ficar com a pele e os olhos amarelados. Lembre-se que a febre amarela pode levar à morte, se não for tratada corretamente. Para mais informações, acesse o portal do Ministério da Saúde na internet, no site: www.saude.gov.br. Ministério da Saúde. Governo Federal.
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