Data de publicação: 11 de Setembro de 2017, 13:28h, atualizado em 11 de Setembro de 2017, 13:04h
A prisão deles terá o prazo de cinco dias e podem ser revertidas para preventivas
Depois de passarem a madrugada e o começo da manhã de segunda-feira (11) na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, e o executivo da empresa, Ricardo Saud, foram para Brasília. Às 10:30 da manhã, eles foram acompanhados por uma forte escolta, em carros diferentes, para o Aeroporto de Congonhas e de lá seguiram para a capital federal em um avião da Polícia Federal.
As prisões temporárias cumprem à ordem judicial expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que acolheu o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Nesta segunda-feira, agentes da Polícia Federal cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, sendo que quatro foram em São Paulo e um no Rio de Janeiro, em uma Operação chamada Bocca. Os policiais foram à casa de Joesley, no Jardim Europa, na casa de Saud, no Morumbi, ambos na Zona Sul de São Paulo. A casa do advogado e diretor jurídico da JBS, Francisco Assis e Silva, também foi alvo de busca e apreensão. Ele foi um dos negociadores do acordo de delação e, depois, também virou delator. O imóvel dele fica em Higienópolis, na Zona Oeste. A casa do ex-procurador Marcello Miller, na Lagoa, no Rio de Janeiro, também foi alvo da operação. Ele é suspeito de atuar para a J&F enquanto ainda integrava o Ministério Público Federal.
As prisões de Joesley Batista e de Ricardo Saud são temporárias, com prazo de cinco dias, e podem ser revertidas para preventivas. Eles reconheceram em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República (PGR) que sabem de informações e possuem novos áudios que não foram entregues no acordo de delação premiada, negociado com a PGR. No entendimento do procurador-geral, Rodrigo Janot, ao que tudo indica, a omissão de fatos nos depoimentos de delação foi intencional. Janot explicou que um áudio entregue pelos advogados da JBS narra supostos crimes que teriam sido omitidos. Segundo ele, a gravação foi entregue por descuido dos advogados como uma nova etapa do acordo.
Joesley Batista e de Ricardo Saud ficarão na Superintendência da PF em celas separadas, de 9 metros quadrados cada, podendo ser transferidos para o Complexo Penitenciário da Papuda caso a detenção seja convertida em prisão preventiva nos próximos dias.
Reportagem, Cintia Moreira.
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