REPÓRTER: Itaperuna pretende atingir a meta de visitas domiciliares de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do vírus Zika até abril. A meta faz parte do segundo ciclo de combate ao mosquito, que começou agora em março e quer visitar todos os cerca de 50 mil imóveis da cidade. 150 agentes de saúde estão percorrendo os 28 bairros e oito distritos do município para informar a população e destruir, ou tratar, possíveis criadouros do mosquito. Para a coordenadora municipal da vigilância epidemiológica, Neide Correa, é fundamental que a população não fique apenas assistindo à visita dos agentes.
SONORA: Neide Correa - Coordenadora da vigilância epidemiológica
“Então isso é muito importante, receber o agente, ajudar na visita, acompanhar, porque não é só abrir a porta de casa e deixar o agente entrar.Receber o agente, ajudar nessa visita, ser orientado, seguir as orientações, porque é de grande valia. Só assim vamos conseguir controlar essa transmissão .”
REPÓRTER: Ao todo, Itaperuna tem quatro mil casos suspeitos de dengue, chikungunya e Zika somados. Um caso de microcefalia está sob investigação e 59 grávidas estão sendo acompanhadas por apresentarem sintomas das doenças. Além dos agentes, a cidade conta com o apoio de militares do Exército, Tiro de Guerra e da Guarda Municipal. CEHAB e Vinhosa são os bairros mais afetados pelo Aedes aegypti. Dário Gomes, 62 anos, mora no bairro de Vinhosa. O padeiro conta que a esposa e o filho já tiveram dengue, e que apesar da visita dos agentes ser constante no bairro, nem todos os moradores se conscientizam do problema.
SONORA: Dário Gomes- personagem
“O pessoal não esquenta muito aqui não. Fala hoje, mas amanhã parece que já esqueceu o que tem que fazer. Televisão mostrando, propaganda no rádio, avisos na TV o dia inteiro, para cada um fazer a prevenção na sua casa, mas você sabe como é o povo né?"
REPÓRTER: A continuidade dos trabalhos é o ponto principal para evitar que novos criadouros do Aedes apareçam. Com os cuidados constantes, a prevenção contra dengue, chikungunya e Zika se torna eficaz, como lembra o Ministro da Saúde, Marcelo Castro.
SONORA: Marcelo Castro, Ministro da Saúde
“O que a gente precisa ter a compreensão é a de que é um trabalho que é duradouro, que nós não vamos eliminar o mosquito de uma hora para outra e que é preciso ser uma ação continuada, rotineira, sistemática.”
REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes aegypti nasce dentro de casa. Mais informações sobre dengue, Zika e chikugunya, em
combateaedes.saude.gov.br.
Reportagem, Raphael Costa
