As expectativas sobre a retomada da economia nacional divulgadas pelo Banco Central nesta segunda-feira (11), baseadas nos principais indicadores financeiros, mostram que a perspectiva é boa para o crescimento econômico do Brasil.
O levantamento da instituição mostra que a inflação deste ano deve ficar em torno dos 3,14%. No último relatório divulgado, na semana passada, a estimativa era de que a inflação fosse ficar na média dos 3,38%.O financista Marcos Melo, é um dos especialistas que prevêem a diminuição da taxa de inflação em 2017. Porém, ele alerta que esse indicador pode ser apenas um reflexo da baixa atividade econômica registrada no país neste ano
“Nós estamos com uma tendência de fechar o ano de 2017 com a inflação bastante baixa. Contudo, apesar de a notícia ser boa, a gente tem que perceber que, basicamente, o motivo disso é por causa da atividade econômica que ainda está muito baixa.”
Em relação às previsões em torno da taxa básica de juros, a Selic, os economistas trabalham em cima de um recuo de 7,25% para 7% ao ano. A taxa atual está em 8,25% ao ano. De acordo com Marcos Melo, essa redução pode acarretar no aumento da atividade econômica, o que pode contribuir para a geração de empregos.
“A redução na taxa de juros possibilita que as empresas possam investir mais e assim contratar profissionais. Bem como os consumidores terem mais acesso ao crédito e agora a um custo mais baixo, para também consumir mais. E isso significa, no fim das contas, como atividade econômica, crescimento do PIB.”
Já sobre o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa do mercado financeiro é de que os resultados sejam positivos em relação ao que se estipulou inicialmente. Há a perspectiva de elevação de 0,50% para 0,60%.
De Brasília, Marquezan Araújo
