INCLUSÃO: Dia da Criança com Deficiência é lembrado nesta terça-feira

De acordo com dados de 2010 do IBGE, o Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Destas, quase 4 milhões são crianças de 0 a 14 anos. Para atender esse público, o Ministério da Saúde lançou em 2011 o programa Viver Sem Limite

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Tempo de áudio: 03'57''

REPÓRTER: O Dia da Criança com Deficiência é lembrado nesta terça-feira. De acordo com dados de 2010 do IBGE, o Brasil tem cerca de 45 milhões de pessoas com deficiência. Destas, quase 4 milhões são crianças de 0 a 14 anos. Para atender esse público, o Ministério da Saúde lançou em 2011 o programa Viver Sem Limite. A coordenadora-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Vera Lúcia Mendes, explica que as ações do ministério voltadas para a pessoa com deficiência são focadas na prevenção e no tratamento para reabilitação.

SONORA: coordenadora-geral de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde – Vera Lúcia Mendes

"Qualquer pessoa que precisa de um cuidado em reabilitação, ela tem que estar sendo atendida no SUS, que é um sistema universal. Quanto mais cedo a gente intervir, mais a gente cuida dessas crianças e também de suas famílias. Essas famílias precisam de suporte, de apoio. Elas precisam ser estimuladas e ser acompanhadas. O quê que é aquela criança, aquele bebê? Que deficiência é essa? Que tipo de barreira ele pode encontrar? E como que a gente pode ajudar essas famílias e essas crianças, desde pequenas, a superar essas barreiras para que a criança ganhe plena cidadania".

REPÓRTER: A notícia de que um filho tem algum tipo de deficiência pode abalar a família em um primeiro momento, mas o atendimento oferecido pelo SUS, Sistema Único de Saúde, contribui para a socialização do paciente. Com o decorrer do tratamento, o desenvolvimento da criança com deficiência permite que ela leve uma vida saudável. A filha de 10 anos da dona de casa Selma Vitorino tem paralisia cerebral. Ela conta que a menina não se comunicava e nem se movimentava antes de ser atendida no Centro Especializado em Reabilitação Fundação Pestalozzi de Maceió, em Alagoas.

SONORA: dona de casa – Selma Vitorino

"Ela não sentava, agora ela senta. Ela não anda, ela anda de joelho. Ela melhorou do ponto de vista que ela era. Porque ela era toda parada e agora, não. Agora ela já é mais esperta. Primeiro ela chorava que só, mas agora, não. Quando ela conhece as pessoas bem ela se comunica bem com as pessoas. Ela fala só mamãe. Não sentava, ela não observava muito as pessoas. Agora, não. Agora quando você vai falar com ela, ela observa. Ela senta, ela anda, ela fica brincando no chão. Antes ela ficava parada. Agora ela já brinca. Fica sentadinha, ela brinca com a irmã dela".

REPÓRTER: A Fundação Pestalozzi de Maceió é um dos 123 Centros Especializados em Reabilitação espalhados por todo o país que atendem pessoas com deficiência sem cobrar um único real, tudo custeado pelo SUS. Além deles, também existem 23 Oficinas Ortopédicas. Os centros e as oficinas fazem trabalho de estimulação precoce, diagnóstico e reabilitação das crianças com deficiência auditiva, visual, física e intelectual. A presidente da fundação Pestalozzi em Maceió, Teresa Amaral, explica que é gratificante ver o desenvolvimento das crianças com deficiência.

SONORA: presidente da Fundação Pestalozzi de Maceió – Teresa Amaral

"Quando vê o que aconteceu com aquela pessoa, o que melhorou, é de ficar feliz. É importantíssimo. Isso a gente está sempre levando em consideração. O que é que aquela pessoa com deficiência melhorou? O que é que aquela criança, o passo a mais que ela deu para que conseguisse ficar mais próximo do que a gente quer, do que a família quer?".

REPÓRTER: Identificar precocemente os primeiros sinais de deficiência é fundamental para o desenvolvimento da criança. O programa de Triagem Neonatal, por exemplo, inclui os testes do pezinho, da orelhinha e do olhinho. Com eles, o médico pode identificar alterações que revelam se a criança tem alguma deficiência ainda sem sintomas, iniciando o tratamento o quanto antes. As crianças com necessidades especiais também recebem do SUS órteses, próteses, cadeira de rodas e óculos especiais. Para saber mais, acesse www.saude.gov.br.

Reportagem, Fábio Ruas

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