ESPÍRITO SANTO: Combate ao Aedes vai passar por mais de um milhão 348 mil 991 imóveis no estado

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REPÓRTER: O combate ao mosquito Aedes Aegypti no Espírito Santo conta com cerca de mil e 200 agentes comunitários de endemias, com soldados das Forças Armadas e dos Bombeiros. As equipes vão vistoriar mais de um milhão 348 mil imóveis nos municípios do estado. O objetivo da ação é conscientizar a população para a necessidade de destruir os criadouros do mosquito. O empresário Josias Louzada é morador de Rio Novo do Sul, município que está entre os mais afetados pela infestação do Aedes. O empresário, conta que os agentes já passaram pelo imóvel e levaram informações importantes para o combate ao Aedes.
 
SONORA: empresário – Josias Louzada
 
“Antes da visita nós já tomávamos alguns cuidados. Eu mesmo tenho duas caixas d’água grandes devido ao período de seca pra coletar água da chuva. Elas visitaram, não tinha foco, e orientaram a colocar água sanitária, pelo menos um copo por semana, não deixar produzir o foco da dengue, manter a caixa fechada, não deixar água em vasilha, para evitar esse tipo de problema aí”.
 
REPÓRTER: Além de Rio Novo do Sul, as cidades de Jerônimo Monteiro,São José do Calçado, Alto Vivacqua e Muqui estão entre as localidades com grande infestação do Aedes Aegypti no Espírito Santo. Os números são da secretaria municipal de Saúde, que já registrou 13 mil 970 casos de dengue, 20 do zika confirmados e 72 bebês, entre nascidos e em gestação, com suspeita de microcefalia, que podem ter relação com o vírus, em todo o estado. Sebastião Toledo, de 61 anos, é morador de Jerônimo Monteiro. Ele também teve a visita dos agentes e ressalta que está atento para não deixar o Aedes nascer em casa.
 
SONORA: Autônomo, Sebastião Toledo
 
“Aqui eu cuido da piscina né? Coloco remédio direto. Aqui em volta tem as plantas, eu não deixo a água parada. Só isso...”
 
REPÓRTER: Entre as ações de combate ao Aedes, o estado do Espírito Santo está distribuindo repelentes para gestantes cadastradas no Sistema Único de Saúde, o SUS, para que nenhuma fique exposta ao zika. A gerente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, do Espírito Santo, Gilsa Rodrigues, pede que a população do estado não deixe de abrir as portas de casa para visita dos agentes de combate ao Aedes.
 
SONORA: Gilsa Rodrigues, gerente de Vigilância em Saúde do Espírito Santo
 
“É de extrema importância que todos os moradores permitam a entrada dos agentes, porque ele vai fazer aquela vistoria em todas as possibilidades de encontrar foco. Tratar os focos que são tratáveis, eliminar os focos que são elimináveis, mostrar isso para o morador no sentido de fazer essa educação em loco, educação enquanto está mostrando, não é só uma aula teórica, está mostrando a importância, por isso que precisa é que todos abram a porta para o agente”
 
REPÓRTER: A recomendação do Ministério da Saúde é que, cada família reserve 15 minutos por semana para combater o mosquito Aedes. A dica é acabar com possíveis criadouros do mosquito com limpeza dentro de casa, nos quintais e varandas. A principal forma de se proteger do zika e microcefalia, da dengue e chikungunya é impedir que o Aedes nasça, como ressalta o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.  
 
SONORA: Cláudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde
 
“A principal forma de eliminar o mosquito Aedes aegypti, que transmite pelo menos três vírus, que são muito importantes no Brasil - vírus que causa a dengue, que causa a chikungunya e que causa zika - é evitando que o mosquito nasça, evitando a proliferação dos mosquitos. O mosquito precisa de água para colocar seus ovos e para que surjam novos mosquitos. Então é importante eliminar qualquer recipiente que contenha água parada.”
 
REPÓRTER: De acordo com o Ministério da Saúde, 70 por cento da população do Aedes Aegypti nasce dentro de casa. Por isso, a participação da população é fundamental. Saiba mais na internet, no endereço combateaedes.saude.gov.br
 
Reportagem, Raphael Costa

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