LOC.: A combinação de letras e números de uma rodovia não é aleatória. Por trás da BR-163, há uma lógica, que ajuda o motorista a se orientar geograficamente.
Toda estrada federal começa com a sigla BR seguida de três números, determinados pelo Plano Nacional de Viação, de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O primeiro número indica a categoria da rodovia, enquanto os dois últimos definem a posição, a partir da orientação geral da rodovia, referente a Brasília e aos limites Norte, Sul, Leste e Oeste do Brasil.
As vias radiais, por exemplo, são indicadas pelo número zero. São aquelas que têm origem em um único ponto, que é Brasília, e seguem em direção aos extremos do Brasil. Os dois números que sucedem o zero seguem a lógica de múltiplos de 5, em sentido horário. Como exemplo, temos a BR-010, que inicia o sentido horário em direção a Belém, capital que está, em linha reta, ao Norte de Brasília.
As longitudinais são iniciadas pelo número um e cortam o Brasil na direção Norte-Sul. Os dois últimos algarismos são definidos da seguinte maneira: do ponto mais ao Leste de Brasília, a numeração vai de 00 a 50. A partir da capital federal, indo para Oeste, a numeração vai de 51 a 99. Nesse caso, temos a BR-116, que liga Fortaleza, no Ceará, a Jaguarão, no Rio Grande do Sul, passando por dez estados e algumas capitais.
Já as vias transversais começam com o número dois e cortam o Brasil na direção Leste-Oeste. Do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega à capital federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99. A BR-230, por exemplo, conhecida como Rodovia Transamazônica, inicia-se em Cabedelo, na Paraíba, terminando em Benjamin Constant, no Amazonas, cidade que faz fronteira com o Peru.
As diagonais são aquelas que cruzam o País nas direções Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste e são iniciadas pelo número três. Números pares começando com 00, no ponto mais ao Nordeste do Brasil, vão até 50 em Brasília. Da capital federal até o extremo Sudeste, a numeração vai de 52 a 98.
Na outra variação de rodovias diagonais, a lógica é a mesma, mas com números ímpares. De 01 a 51, partindo do ponto mais ao Noroeste do Brasil, chegando em Brasília, e de 53 a 99, seguindo para o extremo Sudoeste. Como exemplo, temos a BR-364, que se inicia na cidade de Limeira, no interior de São Paulo, e segue até Mâncio Lima, município do Acre na fronteira com o Peru.
As vias de ligação são aquelas que conectam duas rodovias ou uma rodovia federal a um ponto importante e começam com o número quatro. Os dois restantes seguem a mesma regra das rodovias transversais: do ponto mais ao Norte de Brasília, a numeração vai de 00 até 50, quando chega na capital federal. Da capital até o extremo Sul, a numeração então segue de 50 a 99.
Aqui, temos a BR-401, que liga a capital de Roraima, Boa Vista, e a fronteira com a Guiana.
Com a colaboração de Leopoldo Gomes Costa, reportagem, Jalila Arabi