Data de publicação: 23 de Maio de 2017, 22:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC.: A Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, entidade que representa as escolas particulares, tem demonstrado preocupação quanto à forma que os estudantes do período noturno foram tratados no texto da reforma do Ensino Médio. De acordo com a nova Lei, os estudantes do turno da noite vão ter a carga horária aumentada. E, isso, segundo a Confenen, inviabiliza a possibilidade dos alunos que trabalham durante o dia, conseguirem acompanhar as atividades escolares durante a noite, explica o diretor executivo da entidade, João Luiz Cesarino.
TEC./SONORA: João Luiz Cesarino, diretor da Confenen
“A preocupação de se ter uma previsão ao aluno do ensino noturno que é um aluno mais maduro, um aluno que, na grande maioria trabalha. Então, há de se ter uma preocupação para que o número de horas não seja excessivo e que ele possa efetivamente aprender o conteúdo que lhe é colocado.”
LOC.: Para corrigir esse problema, a Confenen ajudou na elaboração de um projeto apresentado pelo deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES). A proposta (PL 7449/2017) pretende estipular que o ensino regular noturno tenha duração de 40 minutos para cada matéria, explica João Luiz Cesárino.
TEC./SONORA: João Luiz Cesárino, diretor executivo da Confenen
“Hoje se nós temos um jovem de 16 anos, que por motivo de trabalho, deseja estudar a noite, ele só tem a opção do EJA. E nós sabemos que o EJA é praticamente um ensino supletivo. Então, o que nós estamos propondo no ensino regular é que à hora aula seja de 40 minutos para o turno da noite.”
LOC.: O projeto está aguardando designação de relator na comissão de educação para seguir tramitação na Câmara. De acordo com a Confenen, as medidas precisam ser debatidas e aprovadas o quanto antes pelo Congresso Nacional, já que a Base Nacional Comum Curricular, que vai determinar os conteúdos do Ensino Médio, será divulgada pelo governo federal já nos próximos meses.
Entre as alterações que vão ser realizadas no Ensino Médio, em virtude da reforma, está a ampliação da jornada escolar das atuais quatro horas obrigatórias por dia para sete horas, progressivamente. A medida diminui o número de disciplinas obrigatórias, focando o ensino em quatro áreas do conhecimento, sendo elas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.
Reportagem, João Paulo Machado
