EDUCAÇÃO: Escolas se preocupam mais com quantidade do que qualidade do ensino, diz especialista

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REPÓRTER: O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2015, o Ideb, aponta que o ensino médio no Brasil continua estagnado e não atingiu a média definida pelo Ministério da Educação. O governo federal determinou que o ensino médio tivesse média de 4,3 neste ano. Os resultados do indicador mostraram, no entanto, que o índice ficou estagnado em 3,7. 
 
Para o vice-presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Paulo Cardim, o Brasil precisa passar por uma reforma “urgente” na educação. Segundo ele, a nota do Ideb foi baixa porque as escolas se preocupam mais com a quantidade do que com a qualidade do ensino.
 
SONORA: Paulo Cardim, vice-presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino
“Nós perdemos o conteúdo da meritocracia. Perdemos o conteúdo da qualidade. O ensino no Brasil – seja ele fundamental, médio ou superior – só dá valor hoje à quantidade. É a banalização do ensino em todos os níveis”.  
 
REPÓRTER: O vice-presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino acredita que a educação é como uma casa, que precisa ser construída da base até os telhados. Na avaliação de Paulo Cardim, as escolas precisam formar cidadãos e ensinar o básico para os alunos.
 
SONORA: Paulo Cardim, vice-presidente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino
“O ensino brasileiro não educa para o exercício da cidadania. O conteúdo programático, a função principal, os objetivos principais, que são educar para o exercício da cidadania, foram deixados para o segundo plano”.
 
REPÓRTER: O Ideb é um indicador geral da educação nas redes privada e pública, que calcula uma espécie de nota, levando em consideração o rendimento escolar do aluno e o desempenho em português e matemática.
 
Reportagem, Bruna Goularte

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