REPÓRTER: Professores, estudantes, coordenadores pedagógicos e especialistas em educação de Sergipe discutem nesta semana o conteúdo da segunda versão da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC. O seminário, que acontece nesta quarta (27) e quinta-feira (28), vai reunir especialistas que vão opinar sobre os pontos que devem ser alterado na base.
O texto final do documento, que será redigido pelo Ministério da Educação, vai determinar quais são os conteúdos mínimos a serem estudados por todos os alunos da educação básica no Brasil. Para a diretora de Educação Básica da Secretaria de Educação de Sergipe, Gabriela Zelice, a discussão é muito importante para que a BNCC reúna os pontos de vista de profissionais que atuam em todo Brasil.
SONORA: Gabriela Zelice, diretora de Educação Básica da Secretaria de Educação do Sergipe
“Se o documento prevê a equidade da educação, não pode ser um documento que se faz de apenas um estado, de apenas uma região. Então, o que Comitê Gestor Nacional está fazendo é promover esses seminários estaduais para que cada estado dê suas contribuições no documento e finalize o texto, consolidando um documento único, considerando as contribuições de todos os estados do país”.
REPÓRTER: A primeira versão da BNCC foram motivo de discussões entre acadêmicos, educadores e especialistas. A introdução de assuntos relacionados à identidade de gênero e à sexualidade no currículo escolar, por exemplo, não foi consenso. O presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, Samuel Lara, explica que o ensino desses temas contrariam os princípios ensinados dentro de casa, pela família.
SONORA: Samuel Lara, presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino
“Nós vivemos em um país com toda a sua diversidade, inclusive, diversidade religiosa, mas nós temos um país de maioria cristã. E a maioria das propostas com relação às questões de gênero, na verdade, vem distorcida para destruir princípios e valores que são implantados pela família”.
REPÓRTER: Depois do seminário em Sergipe, o estado tem até o dia 5 de agosto para enviar um relatório sistematizado para o Conselho Nacional de Secretários de Educação, Consed, e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Undime. Após o fim dos debates nos estados, a previsão é a de que o Consed e a Undime desenvolvam um relatório único, que deve ser entregue até o fim de agosto ao Ministério da Educação.
Reportagem, Bruna Goularte