ECONOMIA: Primeiro trimestre do ano tem redução de 0,3% no PIB, de acordo com IBGE

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 REPÓRTER: O Brasil continua em recessão. No primeiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto, o PIB, teve uma queda de 0,3 por cento em relação ao último trimestre de 2015. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1º), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, e mostram que esta é quinta queda trimestral seguida. Se comparado com o mesmo período de 2015, a diminuição foi de 5,4 por cento. Apesar da retração, na avaliação de Julio Miragaya, que é presidente do Conselho Federal de Economia, Cofecon, a queda do índice não foi tão acentuada quanto os especialistas projetavam.
 
SONORA: Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia
 
“Existe alguns elementos que vão concorrendo para que o País comece, gradativamente, a superar o momento de crise. Não quer dizer que o País vai fechar esse ano com o PIB positivo. Pelo contrário, deve vir negativo. E o ano que vem vai vir um PIB praticamente estagnado. Mas eu diria que o fundo do poço talvez tenha sido o último trimestre do ano passado”.

REPÓRTER: Vários dados são analisados na hora de medir o Produto Interno Bruto. Os principais números são calculados pela ótica da oferta e da demanda. Isso significa que o IBGE avalia tudo o que é produzido pela agropecuária, pela indústria e pelos serviços. O objetivo é perceber como cada setor contribui para o crescimento da economia brasileira. O IBGE também calcula tudo o que as famílias e o Estado gastam, assim como as exportações e importações realizadas no País. No índice divulgado nesta quarta-feira, o consumo das famílias brasileiras teve um destaque negativo pelo lado da demanda, já que houve uma queda de 1,7 por cento. O presidente do Cofecon, Julio Miragaya, explica porque as famílias brasileiras seguraram os bolsos na hora de consumir.
 
SONORA: Júlio Miragaya, presidente do Conselho Federal de Economia
 
“A gente vive uma situação de perda de postos de trabalho, de desemprego, associado a uma queda de rendimento médio, seja pelo desemprego de algum de seus membros, ela acaba tendo menos recursos para gastar e, dessa forma, o consumo das famílias tem essa queda tão acentuada.”

REPÓRTER: Ainda de acordo com o IBGE, a indústria teve o pior resultado no ponto de vista da produção, e teve queda de 1,2 por cento em relação aos três meses anteriores. Além disso, a agropecuária recuou 0,3 por cento, enquanto que, no setor de serviços, a retração foi de 0,2 por cento. A exceção foi o consumo do governo, que teve aumento de 1,1 por cento.
 
Reportagem, Bruna Goularte

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