ECONOMIA: Minirreforma das leis trabalhistas será discutida no Espírito Santo; Lelo Coimbra diz que medida é necessária

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LOC.: A proposta de minirreforma das leis do trabalho que vem sendo discutida pelo Congresso Nacional pode trazer mudanças nas relações entre empregados e patrões. A iniciativa poderá possibilitar, entre outras coisas, que férias e mudanças na jornada de trabalho sejam negociadas diretamente com os empregadores, desde que respeitadas as 44 horas previstas na Constituição.  

Na próxima segunda-feira, o projeto será o tema de uma audiência pública, a partir das 8h da manhã, na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, em Vitória.
 
O deputado capixaba e líder da maioria na Câmara dos Deputados, Lelo Coimbra, do PMDB-ES, afirma que medida é indispensável para colocar o Brasil novamente no caminho do desenvolvimento social e econômico.
 
TEC/SONORA: Lelo Coimbra, deputado, líder da maioria na Câmara (PMDB-ES)

“2017 é o ano de consolidação das reformas. Ele será o ano em que nós devemos vê-lo como o tempo para que nós debatamos o necessário e façamos maiorias que possam decidir pelos projetos de reforma. Eu estou falando da terceirização, eu estou falando da reforma trabalhista, eu estou falando da reforma previdenciária, como os três eixos principais de desamarração das questões estruturais em nosso país.”
 
LOC.: A proposta também é bem vista por executivos e empresários do Espírito Santo. A diretora administrativa do grupo PROVALE, de Vitória, Karina Nemer é a favor do projeto e acredita que ele fará com que mais empregos sejam gerados no país.
 
TEC/SONORA: Karina Nemer, diretora administrativa do grupo PROVALE

“Várias leis acabam dificultando a geração de mais empregos. A gente está com desemprego e a crise muito alta em todos os setores. E eu acho que uma forma de a gente fazer essa reforma seria aproveitar o momento, porque realmente estar muito complicado de estar mantendo os empregos.”
 
LOC.: O professor do Departamento de Economia da PUC, do Rio de Janeiro, José Márcio Camargo garante que a reforma além de manter os direitos trabalhistas existentes, melhora o mercado de trabalho.
 
TEC./SONORA: José Márcio Camargo, professor do Departamento de Economia da PUC-RJ

“Na prática, o que vai mudar é que os empresários vão ter uma capacidade maior de definir quanto custa um trabalhador e, por outro lado, isto significa que ele vai ter uma maior disponibilidade para empregar mais trabalhadores, o que  vai gerar uma redução na taxa de desemprego no longo prazo.”
 
LOC.: A reforma trabalhista vai permitir, entre outras coisas, a possibilidade de trabalhar de casa quando preciso e que os empregados possam trabalhar mais horas na semana para negociar um dia a mais de descanso. O texto ainda prevê a divisão das férias em até três vezes e a remuneração por produtividade, fortalecendo os acordos coletivos entre empresas e sindicatos de empregados.
 
Reportagem, João Paulo Machado
 

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